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Goiânia, 29/05/24
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Entrada da Faculdade de Direito, que está com o auditório interditado por não apresentar as condições de segurança e acessibilidade

Instituições federais em Goiás são afetadas com corte de recursos por parte do MEC

19/10/2022, às 15:02 · Por Redação

Vários são os casos listados pelos reitores das instituições de ensino da rede federal em Goiás e descritos como consequência dos cortes orçamentários para o custeio das unidades, o que ocorre desde 2016, como relatou o jornal O Popular nesta quarta-feira, 19. Só neste ano, a Universidade Federal de Goiás (UFG), a Universidade Federal de Catalão (UFCat), o Instituto Federal de Goiás (IFG) e ainda Instituto Federal Goiano (IFGoiano) e Universidade Federal de Jataí (UFJ) somam cortes na ordem de R$ 18,4 milhões.

Entre os problemas mais graves estão o auditório do piso térreo da Faculdade de Direito (FD) da UFG está interditado por não apresentar as condições de segurança e acessibilidade. Na mesma situação está o auditório da Faculdade de Educação (FED) e parte do Instituto de Física, este no Câmpus Samambaia, que necessita de fiação elétrica. Na Universidade Federal de Catalão (UFCat) há elevadores que estão sem funcionar, o que dificulta o acesso de pessoas com a mobilidade reduzida, enquanto que metade dos 14 campus do Instituto Federal de Goiás (IFG) não possuem restaurantes universitários.

“Recebemos reivindicação dos estudantes, como de um grupo de alunos indígenas, que pedem ações próprias importantes para eles, mas não conseguimos fazer. Estamos engajados na articulação para buscar instrumentos eficazes para isso”, conta a reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima. Ela relata ainda que há diversas reclamações também de professores com a falta de reforma dos prédios públicos. 

“Agora que vai começar a época de chuva vamos ter muita reclamação. Os telhados da UFG são um problema, pois pinga dentro das salas e não temos dinheiro para arrumar”, diz. Angelita explica que a UFG começou o ano com a previsão orçamentária de R$ 65,9 milhões, um valor equivalente ao que recebeu em 2019, por exemplo.

No entanto, houve corte de R$ 7,8 milhões deste total, sendo que o custo básico mensal da universidade está orçado em R$ 5,2 milhões. “Esse valor é só para manter o básico mesmo, só para água, energia, limpeza. Ou seja, são pelo menos dois meses que ficamos inviáveis”, avisa. Ela diz que a principal questão tem sido a falta de reformas, especialmente pela impossibilidade de adequação aos pedidos do Corpo de Bombeiros para segurança, como extintores de incêndio, e acessibilidade. 

A reitora pro tempore da UFCat, Roselma Lucchese, relata que o clima nas instituições é preocupante, com alunos que chegam nas universidades querendo aprender, mas verificando um sucateamento da infraestrutura que já perdura ao menos 5 anos. 


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