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Polícia Civil indiciou quatro policiais por homicídio, fraude processual e falsidade ideológica, caso foi em agosto

PMs que abordaram jovem encontrado morto após ser colocado em viatura são indiciados

11/10/2022, às 14:31 · Por Redação

Os quatro policiais militares envolvidos na morte de Henrique Alves Nogueira foram indiciados nesta segunda-feira, 10, pelos crimes de homicídio doloso qualificado, fraude processual e falsidade ideológica. Imagens mostram o momento em que o auxiliar de serviços gerais é abordado pela equipe policial e colocado na traseira da viatura. O caso aconteceu no dia 11 de agosto. A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) concluiu o inquérito no dia 7 de outubro.

Os policiais suspeitos pelo assassinato de Henrique estão envolvidos em outras 15 mortes. Desde o dia 16 de agosto, o sargento Cleber Leandro Cardoso, de 37 anos, o cabo Guidion Ananias Galdino Bonfim, de 31, e os soldados Kilber Pedro Morais Martins, de 34, e Maik da Silva Moura Sousa, de 29, estão presos de forma temporária. A morte de Henrique foi descoberta depois que a família encontrou um vídeo em que o mostra sendo colocado contra a sua vontade dentro da viatura.

A história, que era para ser mais um caso de suspeito que reagiu a uma ação policial, foi confrontada com as imagens de câmeras de segurança que registraram o momento. Henrique foi abordado às 8h e, na noite do mesmo dia, esses policiais registraram boletim de ocorrência informando que houve um confronto e um homem morreu. No documento, a versão oficial afirma que Henrique estava na garupa de uma moto no Setor Real Conquista com drogas dentro de uma mochila e que reagiu a abordagem dos policiais atirando contra os agentes após cair do veículo em fuga. 

Os militares afirmaram ter encontrado com Henrique um revólver calibre 32 e uma grande quantidade de drogas, entre maconha, cocaína, crack e ecstasy. O corpo, identificado como sendo o de Henrique, foi encontrado pelos mesmos policiais a 14 quilômetros do local onde ele foi abordado sem a mochila e as supostas drogas e arma. Henrique tinha passagem pela polícia por roubo e tráfico, mas não tinha nenhum mandado de prisão aberto contra ele. Com a conclusão do inquérito, a PCGO pediu a conversão da prisão temporária dos investigados para prisão preventiva.


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