Aumento de casos de influenza em Goiás preocupa especialistas

Com o surgimento de casos de influenza fora de época em Goiás, provoca alerta na saúde. Normalmente manifestada no inverno, entre maio e julho, a gripe chegou a um número de infectados maior nos meses de agosto, setembro e começo de outubro deste ano, conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO). O total de registros da doença neste ano é maior que toda a somatória de 2021, quando foram diagnosticadas 235 pessoas. Até o momento, foram 270 diagnósticos.

Um em cada quatro casos de 2022 ocorreu em setembro e outubro. Já em um período das últimas oito semanas epidemiológicas em Goiás, a influenza teve 85 casos. As faixas etárias mais afetadas são: acima de 60 anos, abaixo de 4 anos. Enquanto no mesmo recorte de 2021, apenas duas pessoas foram infectadas.

Ao jornal O Popular, a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, relacionou o aumento com a baixa adesão da população à vacina. Os dados indicam que a cobertura vacinal geral para a doença no estado é de apenas 66%. Entre as crianças, a vacina contra a influenza foi aplicada em somente 57,5% das crianças de 6 meses a menores de 5 anos. “Muito abaixo do necessário”, afirmou Flúvia.

A Unimed Goiânia também afirmou ter registrado o crescimento nos casos de influenza entre os beneficiários do plano de saúde. Durante todo o ano passado, dos exames feitos no laboratório do plano, foram registrados 76 positivos para o vírus da influenza A e B. No que refere a 2022, pelos resultados até o dia 5 de outubro, o total é de 433, o que representa um crescimento de 469,74%. “O número de exames realizados também já é quase quatro vezes maior do que o verificado de janeiro a dezembro de 2021”, explica a organização.

A infectologista Christiane Kobal, do Hospital Israelita Albert Einstein de Goiânia, lembra que a gripe é passível de levar o indivíduo a quadros respiratórios graves. Por isso, é importante buscar a vacinação. “Qualquer vírus Influenza, seja ele H1N1, H3N2, ou outros, pode causar pneumonia viral, que pode levar à insuficiência respiratória e levar o paciente ao óbito”, informa. A médica frisa que toda pessoa imunossuprimida tem maior chance de ter uma pneumonia causada.

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