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Ações simples e rotineiras podem ser muito benéficas para a população como evitar objetos que acumulem água parada

Alerta de epidemia de chikungunya com aumento de casos em Goiás

06/10/2022, às 11:25 · Por Redação

Diante do acelerado avanço de casos de chikungunya em Goiás, autoridades de saúde acendem alerta para uma possível epidemia da doença no Estado.

Segundo dados do boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), durante todo o ano de 2021 o Estado contabilizou 578 casos de chikungunya. Neste ano, até o mês de setembro, 7 mortes e 3.676 confirmações foram registradas em Goiás, um crescimento superior a 500%. “Temos todas as condições biológicas e humanas para que a gente venha a ter uma epidemia de febre chikungunya no Estado”, afirmou o coordenador de ações contra dengue, zika e chikungunya da SES-GO, Murilo do Carmo. 

De acordo com a SES-GO, não tínhamos registros de pessoas contaminadas com a chikungunya dentro de Goiás. Em 2021, 30 municípios confirmaram a presença do vírus e neste ano 79 cidades registraram a doença. “Esse ano Goiás recebeu um volume de chuva muito expressivo, muito além da média e isso acaba resultando em um crescimento da doença se a população não fizer a sua parte”, declarou Murilo.

Com a chegada do período chuvoso em Goiás, é preciso que a população redobre os cuidados em relação aos criadouros do mosquito aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue, por isso os sintomas das duas doenças são bem parecidos. “É preciso observar os sintomas. Com a dengue, o paciente costuma apresentar muitas dores pelo corpo e com chikungunya o paciente pode perceber que a dor se concentra nas articulações e dobras do corpo que inclusive podem ficar inchados e causar até dificuldades na movimentação”, disse o médico generalista Lucas Martins.

O que é chikungunya?

A doença também pode ser chamada de febre chikungunya. Quando a pessoa é picada por um mosquito infectado com o vírus, ela pode levar de quatro a sete dias para desenvolver sintomas da doença. “O principal sintoma é realmente a dor muito intensa nas articulações, mas o paciente pode apresentar ainda pele e olhos avermelhados / irritados, dor de cabeça, febre alta e até náuseas e vômitos”, afirmou o médico.

De acordo com o médico, não existem medicamentos para o tratamento da chikungunya. “Não temos vacina e nem remédios específicos para isso, mas os sintomas podem ser tratados por meio de medicamentos que aliviam, por exemplo, as dores e a febre. O paciente tem que ser obediente, tem que respeitar as recomendações médicas e ficar de repouso e ingerir bastante líquido para manter a hidratação”, disse Lucas Martins.

A prevenção é feita por meio do combate a qualquer foco como água parada, por exemplo. “Infelizmente a população não tem feito sua parte, 90% dos criadouros ficam nos imóveis, embora a população tenha ficado em casa na pandemia, dados revelam que a sociedade não mudou sua conduta em relação ao combate à doença”, afirmou o coordenador de ações contra a doença da SES-GO.

Ações simples e rotineiras podem ser muito benéficas para a população como evitar objetos que acumulem água parada, tirar 10 minutos por semana para fazer a inspeção do quintal, limpeza de calhas e vedar a caixa d’água. “O vírus tem crescido de maneira muito intensa, e agora com o período chuvoso, a possibilidade de novos mosquitos já nascerem infectados é muito grande. Fica o alerta sobre a possibilidade de epidemia de chikungunya”, finalizou Murilo.


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