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Davi Augusto, de 40 anos, foi baleado na perna dentro de uma igreja evangélica em Goiânia

Homem que foi baleado em igreja após discussão de política diz que irmão recebeu ameaças após ocorrido

18/09/2022, às 07:38 · Por Redação

Davi Augusto, de 40 anos, que levou um tiro de um policial militar na Congregação Cristã do Brasil (CCB), no setor Finsocial, em Goiânia, concedeu uma entrevista ao jornal O Popular e contou que seu irmão, Daniel Augusto Souza, de 45, após o ocorrido, recebeu ameaças. Ele relatou conta que o tiro e a espera pelo Corpo de Bombeiros, PMs foram até o local perguntar o motivo pelo qual as pessoas o ajudava.

“Chegaram policiais e me xingaram. Xingaram minha família. Disseram que iam dar tiro na cara dos meus irmãos. Me esnobaram, perguntaram para as pessoas: ‘O que é que estão fazendo com esse vagabundo?’”, contou Davi, que antes de levar o tiro, não havia sido ameaçado por ninguém e sequer havia brigado por razões políticas. Ele estava no culto para prestigiar o irmão, Daniel, que pediria perdão à congregação, ao lado do pastor, pelo desentendimento dias antes.

“Meu irmão havia me convidado para eu congregar com ele. Ele e o pastor iam pedir desculpas na frente da igreja, por terem brigado na semana anterior. Era um dia de festa”, relatou. Davi contou que após três hinos, saiu do templo para beber água. No corredor, ele encontrou um ex-cunhado, que o cumprimentou. Posteriormente, estendeu a mão para Vitor da Silva Lopes, de 38, policial militar que teria disparado o tiro contra ele.

“Estendi a mão e ele me olhou diferente. Percebi que um ser diabólico tinha pegado ele, porque não tinha cabimento. Ele não pegou na minha mão e, do nada, me olhou na cara e me chamou de vagabundo”, disse. “Ele do nada jogou água no meu rosto. Disseram que ele me deu um tapa, mas eu nem vi. Quando eu passei a mão para limpar a água, ele sacou o revólver e já atirou em mim. Não teve discussão. Até hoje não sei o motivo”, afirmou Davi.

Após os tiros, pessoas teriam juntado em cima do policial para tentar contê-lo. Uma fiel, que é enfermeira, prestou os primeiros socorros até a chegada dos bombeiros, que demoraram cerca de 20 minutos. Davi foi encaminhado ao Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol). Já no hospital, Davi contou que a médica falou que se não tivessem feito o torniquete na perna dele, ele teria sangrado até morrer.

“Eu perdi de 3 a 4 litros de sangue. Graças a Deus fui socorrido na hora, principalmente por alguns parentes que estavam ali”, disse. Davi conta que sentiu medo dentro do hospital, após um homem desconhecido entrar duas vezes no quarto em que estava internado.

“Fingi que estava dormindo, fiquei olhando por baixo. Minha mãe perguntou às enfermeiras quem era ele e elas disseram que achava que ele era segurança, mas que não existe esse costume dos seguranças entrarem nos quartos. Neste dia, fiquei receoso, mas não tenho certeza de nada. Não sei se ele faria algum mal ou não. Meu irmão e meu sobrinho foram ameaçados depois”, relatou.

Após passar por 7 cirurgias e 15 dias de internação, Davi recebeu alta na última quinta-feira (15). Ele conta que foi direto para casa e que não teve oportunidade de ver novamente ou pastor da congregação ou Vitor.


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