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Goiânia, 29/05/24
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Começaram a brigar, o policial atirou na perna de Davi e saiu da igreja em seguida

PM que atirou em fiel alega que petistas estavam em confronto com o que a igreja prega

13/09/2022, às 14:14 · Por Redação

O cabo da PM, Vitor da Silva Lopes, de 38 anos, atirou em um fiel de uma igreja em Goiânia e alegou que foi pelo fato de a família dele ser de “petistas em confronto com o que a igreja prega” e que o irmão desta pessoa estaria causando transtornos ao pessoal do templo.

Daniel Augusto Souza, de 45 anos,  havia dado entrevista para um site afirmando que os líderes religiosos do local estariam orientando os fiéis a não votarem em candidatos de esquerda nestas eleições, mais especificamente os do Partido dos Trabalhadores (PT), “da bandeira vermelha”.

No dia do tiro, Daniel e o líder do templo iriam, inclusive, fazer uma conciliação pública, ambos se perdoando. A entrevista causou uma confusão dentro do templo e o clima estava tenso durante o culto no dia 31. Em um momento no qual o policial, que é músico da banda do templo, foi até o lado externo para beber água, o irmão de Daniel, Davi Augusto, de 40 anos, teria ido até ele para cumprimentá-lo, mas o PM recusou o aperto de mão.

A partir daí começaram a brigar, o policial atirou na perna de Davi e saiu da igreja em seguida. Após uma pausa breve, o culto foi retomado enquanto a vítima era atendida. Em um segundo depoimento, prestado dois dias depois, já no inquérito aberto para apurar o fato, o cabo negou que o motivo para não gostar da família de Davi fosse político e, sim, apenas por, na opinião dele, não seguirem o que prega a igreja que ele frequenta. O cabo disse também que atirou intencionalmente para se defender, pois Davi insistia em avançar nas agressões e estava com três familiares, o que fez com que ele tivesse medo que arma fosse pega por um deles. 


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