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Com baixa cobertura, Ministério da Saúde mantém a mobilização nacional até o dia 30 de setembro

Campanha Nacional de Vacinação contra a Paralisia Infantil é prorrogada

07/09/2022, às 07:33 · Por Redação

O Ministério da Saúde prorrogou a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite (paralisia infantil) e Multivacinação de 2022, para crianças de 0 a 5 anos, devido à baixa procura. A data estimada era 9 de setembro mas, agora, a campanha seguirá até o dia 30. A meta de vacinação é de, no mínimo, 95%. No entanto, somente 35% do público-alvo se imunizou.

Em Goiás, a cobertura vacinal de crianças de até 2 anos contra a paralisia infantil é de 69% neste ano, até o momento. Em Goiânia, a cobertura cai para 22,86%, até 4 anos. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) alerta sobre a importância da vacinação para evitar o retorno do vírus da poliomielite.

O Brasil recebeu, em 1994, o certificado de eliminação da doença. Mas, em maio deste ano, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) incluiu o país na lista de alto risco de reintrodução da doença. Por esse motivo, é necessário subir a cobertura vacinal e atingir a meta de 95%, o que não ocorre desde 2015.

O ideal é que até os 6 meses de vida toda criança tenha três doses da vacina contra a poliomielite. O imunizante de reforço é aplicado aos 15 meses e 4 anos. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta duas vacinas diferentes: a inativa e a alterada. A inativada deve ser aplicada via injeção intramuscular, em bebês de dois, quatro e seis meses de idade. Já o reforço, feito com a atenuada, em gotinhas, é via oral, entre os 4 e 5 anos.

A cobertura vacinal contempla todas as outras 14 doenças incluídas no PNI. A vacina Tetra Viral, que enquadra sarampo, caxumba, rubéola e catapora, é a que possui menor índice de cobertura em Goiás, com 18% entre as crianças de 0 a 2 anos.

A gerente de Imunização da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), Clarice Carvalho, disse ao jornal O Popular que um dos motivos para a baixa cobertura está ligada à disseminação de informações falsas. “O Brasil é referência mundial na vacinação, mas é uma cultura que, ao longo dos anos, tem se perdido. A divulgação de fakenews transmite insegurança aos pais em relação às vacinas”, afirma.

Um segundo fator para baixa adesão é a subestimação dos vírus. Por algumas doenças não terem alto índice ou números nulos de notificação de casos no Brasil, a população acredita que elas se tornaram inexistentes. “Se a gente reduz a nossa cobertura vacinal, aumenta o risco para o surgimento e retorno destes vírus”, esclarece.

Em Goiânia, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), oferece a vacina em 72 salas diariamente. Nos fins de semana e feriados, a vacinação ocorre no Centro Municipal de Vacinação (CMV) e no Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams) Urias Magalhães. 


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