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Goiânia, 29/05/24
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Imagens que viralizaram mostram seis crianças segurando falsas armas de cano longo

Instrutor goiano que aparece em imagens dando ordens para alunos com réplicas de armas é sargento aposentado da Aeronáutica

01/09/2022, às 08:32 · Por Redação

O instrutor que aparece em um vídeo dando ordens para alunos que marcham com réplicas de armas em Padre Bernardo, no Entorno do Distrito Federal, é Hélio Pereira Pinto, de 65 anos. Ele informou ser de Goiás e sargento aposentado da Aeronáutica. Imagens que viralizaram mostram seis crianças segurando falsas armas de cano longo. Hélio disse não acreditar que a utilização das réplicas incentiva as crianças de forma negativa.

“A arma ali não é um incentivo para o lado negativo, e sim cerimonial. É a arma cruzada, descansar, em sentido, para ficar uma coisa bonita, uniforme. Não vejo nada demais”, disse o instrutor do caso, que aconteceu no Colégio Santa Bárbara, uma escola estadual do bairro Vendinha, em Padre Bernardo. A Prefeitura de Padre Bernardo informou em nota que o vídeo foi gravado nas dependências da escola e que nem sequer foi informada sobre o início das atividades com os alunos, bem como as práticas que seriam ensinadas.

Já a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc) informou que o projeto não teve, de forma alguma, autorização de implementação em unidade escolar da rede pública estadual e que está tomando as medidas administrativas cabíveis. No vídeo é possível ver que as crianças obedecem às ordens de um instrutor vestido com farda militar.

Ele manda os meninos trocarem de lugar, dar meia volta, marcharem do meio do pátio até um muro e depois voltar. Mal conseguindo segurar a arma, eles seguem as ordens sem questionar. À TV Anhanguera, pais de alunos contaram que o curso da Guarda Mirim existe desde março e que as aulas estariam ocorrendo sempre aos domingos à tarde. Uma das alunas do curso, uma menina de 11 anos, conta que fazia parte do treinamento aprender a usar a arma.

“A gente só vai marchando com as armas. A gente nunca treinou atirar mesmo não, só marchar”, detalha a menina. Já a mãe de uma aluna disse não concordar com a parte do treinamento que ensina o manuseio da arma. “Mesmo se eles se formarem para serem policiais, está muito cedo ainda, porque vai incentivando, né? Querendo ou não, incentiva as crianças a ficarem mais violentas”, disse a mãe.


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