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Goiânia, 29/05/24
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Com isso o crescimento do número de Caçadores, Atiradores Desportivos e Colecionadores (CACs) é uma tendência nacional

Registro de armas em Goiás cresce em ritmo maior do que no país

23/08/2022, às 12:13 · Por Redação

A quantidade de novos certificados de registro de armas de fogo expedidos pelo Exército Brasileiro em Goiás aumentou 21 vezes entre 2012 e 2021, saltando de 1,2 mil para 25,6 mil. O crescimento de Goiás ficou acima do registrado em todo o Brasil, que teve um aumento de oito vezes no mesmo período. Foram 33,3 mil novas emissões, em 2012, contra 279,8 mil, em 2021. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022.

Com isso o crescimento do número de Caçadores, Atiradores Desportivos e Colecionadores (CACs) é uma tendência nacional e especialistas alertam para o fato de que ao em vez da prática esportiva, uma grande quantidade de pessoas usa o registro para circularem armada. A possibilidade de armamentos chegarem nas mãos de criminosos também preocupa. Até junho de 2022, já eram 46,3 mil pessoas com o certificado de registro de arma de fogo ativo na 11ª Região Militar, da qual Goiás faz parte junto com o Distrito Federal, Tocantins e o Triângulo Mineiro.

“O crescimento foi ainda mais acentuado depois das mudanças legislativas promovidas pelos decretos assinados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2019”, explica Isabel Figueiredo, membro do conselho do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Além do aumento do número de munições e armas em acervo, uma das principais mudanças de 2019 para cá foi relacionada ao trânsito das armas de fogo.

De acordo com o novo texto, todos os CACs poderão portar uma arma de fogo curta municiada, alimentada e carregada, pertencente ao acervo cadastrado no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma) sempre que estiverem em deslocamento para treinamento ou participação em competições.

Além disso, o texto não impõe limite de horário, nem delimita um trajeto pré-definido a ser cumprido pelos CACs entre o local do acervo pessoal e o clube de tiro. O gerente de projetos do Instituto Sou da Paz, Bruno Langeani, explica que com esta mudança, muitas pessoas passaram a interpretar os CACs como indivíduos com uma espécie de “porte de arma” e desenvolveram o interesse em obter o registro.


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