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O crime aconteceu em fevereiro de 2020, e Lilian desembarcava após uma viagem a Colômbia

Vão a júri popular os acusados de matar mulher que desapareceu em aeroporto de Goiânia

17/08/2022, às 13:45 · Por Redação

Os acusados de matar Lilian de Oliveira, de 40 anos, Jucelino Pinto da Fonseca, Ronaldo Rodrigues Ferreira e Cleonice de Fátima Ferreira, que desapareceu após desembarcar no Aeroporto Internacional de Goiânia, devem ir a júri popular.

A Justiça determinou o julgamento a pedido do Ministério Público de Goiás (MP-GO), ainda sem data. O crime aconteceu em fevereiro de 2020, e Lilian desembarcava após uma viagem a Colômbia. Jucelino Pinto da Fonseca é acusado de ser o mandante; Ronaldo Rodrigues Ferreira, acusado de ter sido contratado para cometer o crime e  Cleonice de Fátima Ferreira: babá da filha de Jucelino e Lilian, que teria ajudado em todo o planejamento com o objetivo de ficar com a guarda da criança.

A defesa de Jucelino e Cleonice informou que os clientes são inocentes e que, assim como os familiares da desaparecida, eles querem achar o culpado. Informou também que tem tentado demonstrar que as investigações foram desastrosas e omissas sobre outras possibilidades e suspeitos. 

A defesa de Ronaldo Rodrigues Ferreira informou, em nota, que irá recorrer da decisão. Para o advogado, existem poucas provas na investigação que incriminem Ronaldo. "A única certeza que temos é que a mãe de uma criança de sete anos continua desaparecida e que meu cliente foi vítima de violência policial para confessar envolvimento no referido desaparecimento", diz a nota. 

A denúncia foi oferecida pelo MP-GO em abril de 2021. Os três foram acusados de homicídio qualificado por motivo torpe, sem chance de defesa da vítima, em crime cometido mediante promessa de recompensa e também por ocultação de cadáver.

Segundo as investigações, Jucelino manteve um relacionamento extraconjugal com Lilian, com quem teve uma filha, hoje com 7 anos. Além de discussões por conta do pagamento de pensão alimentícia, ele também teria se sentido traído por Lilian, que havia viajado. Ronaldo chegou a viajar à Colômbia com o objetivo de matar Lilian. Porém, acabou desistindo e voltou ao Brasil.

O inquérito aponta que, por conta da viagem, Jucelino decidiu contratar os serviços de Ronaldo, oferecendo como pagamento o perdão de uma dívida de R$ 20 mil. Quando a vítima retornou, Cleonice a avisou de que mandaria uma pessoa buscá-la no aeroporto. Essa pessoa seria Ronaldo.

A denúncia do Ministério Público aponta que Ronaldo a encontrou no aeroporto de Goiânia e, se passou por taxista.

A investigação aponta que Lilian foi morta a marretadas e, uma das teses sobre o crime, é que o corpo teria sido carbonizado ao ser jogado dentro da fornalha de um laticínio, em Santa Cruz de Goiás, que pertencia ao acusado de ser o mandante do crime, mas os restos mortais não foram localizados.

Os réus ficaram presos por três meses, ainda em 2020, mas depois foram soltos. No início das investigações, eles negaram o crime. Ronaldo, no entanto, assumiu ter participado da morte de Lilian, mas com versões diferentes dos fatos.


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