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Marconi anunciou na sexta-feira, 5, que ele e Mendanha estariam mais próximos em uma aliança indireta

QG de Mendanha agora quer se distanciar da rejeição provocada por parceria com Marconi

11/08/2022, às 23:10 · Por Eduardo Horacio

O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha (Patriota) chega ao final da fase de pré-campanha ao governo com uma das menores estruturas político-partidárias entre as chapas majoritárias e com muitos obstáculos para se posicionar no campo político. Após assumir, em entrevista recente, que não queria ter deixado o MDB e que poderia, inclusive, ter apoiado a reeleição do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), ele agora tenta emplacar a narrativa de que os adversários históricos estariam unidos para derrotá-lo.

Embora o ex-governador Marconi Perillo (PSDB), candidato ao Senado em chapa avulsa, tenha anunciado em reunião com ex-prefeitos, na última sexta-feira, 5, que ele e Mendanha estariam juntos em uma “aliança indireta”, o ex-prefeito de Aparecida passou a divulgar nos últimos dias que, ao contrário, o tucano estaria tramando nos bastidores o apoio velado à reeleição do governador.

Desde que aventou sair do MDB, em setembro de 2021, Mendanha passou a manter relação com o ex-governador tucano, seu principal fiador desde então. O ex-prefeito de Aparecida apareceu em vários encontros públicos com integrantes do PSDB, todos próximos a Perillo, e se encontrou com o tucano em diversas ocasiões. Aliados próximos, como a deputada federal Magda Mofatto (PL), falavam até poucos meses atrás abertamente sobre as conversas entre o ex-prefeito e Marconi.

Já fora do MDB, em entrevista ao jornal O Popular, o próprio Gustavo Mendanha não escondeu a intenção de formar uma aliança com o tucano com o único objetivo de derrotar Ronaldo Caiado. Afirmou, na ocasião, que existiria “uma tentativa de união (com Marconi e outros opositores) contra o governador”. O ex-prefeito foi categórico ao dizer que ele e Marconi tinham um objeto em comum: ambos não queriam ver Caiado reeleito.

Isolamento
Embora tenha deixado o MDB anunciando que teria opções para escolher o novo partido para abrigar sua candidatura ao governo, restou ao ex-prefeito de Aparecida de Goiânia o pequeno Patriota. Mendanha foi publicamente preterido por legendas como PP, PL, PSD e Republicanos.

Lançada a pré-candidatura, em abril, o Patriota também não conseguiu agregar o apoio de partidos de relevância em Goiás, à exceção do Republicanos, ainda assim dividido. Além disso, a aliança formal com o PSDB não ocorreu por ter sido vetada por Jorcelino Braga, que comanda o partido que abriga a candidatura de Gustavo Mendanha.

Com a declaração de apoio de alguns prefeitos tucanos, que se juntam aos cerca de 230 gestores municipais que apoiam a reeleição de Caiado, Mendanha se sentiu desprestigiado pelo PSDB. Desde então, o comando de sua campanha tenta construir a narrativa enviesada. Estratégia que já foi adotada, sem sucesso, pelo marqueteiro Jorcelino Braga em outras campanhas estaduais.

Ao contrário do que prega Mendanha, no entanto, qualquer tipo de aliança entre Caiado e Perillo é absolutamente inviável. O atual governador não só rompeu a hegemonia política do tucano no Estado, como reconfigurou o mapa das forças políticas em Goiás ao anunciar uma aliança histórica com o MDB, partido que historicamente fez oposição aos governos do PSDB. Caiado sempre denuncia o desarranjo administrativo que herdou de Marconi e os episódios de corrupção envolvendo os governos tucanos.


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