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Veículo Leve Sobre Pneus (VLP) é o modal preferido pelo Governo de Goiás

Prefeitura busca modelo para o Eixo Anhanguera, mas estado prefere ônibus elétrico

05/08/2022, às 00:10 · Por Redação

A Prefeitura de Goiânia já possui ao menos quatro modelos de transporte coletivo para os 14 quilômetros do Eixo Anhanguera. Aeromóvel, Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), Veículo Leve Sobre Pneus (VLP), preferido pelo governo, e a reformulação do BRT atual. O governo prefere o VLP. 

Enquanto recapeia a Avenida Anhanguera, a prefeitura tem analisado opções. O Aeromóvel é um modelo de Porto Alegre, visitado por técnicos do Paço, que suspende o veículo leve em plataformas suspensas a 12 metros de altura, que se locomove através de trilhos e com propulsão de ar. É necessário o uso de energia elétrica para o funcionamento de ventiladores estacionários que criam o ar.

O modal é de tecnologia brasileira e a vantagem seria ter a possibilidade de um alargamento das vias, já que o espaço junto ao solo é menor. Com isso, ao nível do chão, poderia haver a implantação de calçadas mais largas ou o aumento das faixas para os veículos particulares sem o incômodo ao transporte coletivo. A estimativa é que a instalação do modelo ao longo do Eixão custe cerca de R$ 1 bilhão, mas haveria um menor custo de manutenção a longo prazo. No entanto, neste valor não estaria contabilizada a requalificação do restante da Avenida Anhanguera.

Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que assim como o aeromóvel se locomove a 80 quilômetros por hora (km/h). No entanto, a análise financeira do projeto demonstrou que a sua implantação atualmente, nos mesmos moldes do projeto de 2014 no governo Marconi Perillo (PSDB), chegaria a R$ 2,3 bilhões. Naquela época, o custo era calculado em R$ 1,4 bilhão. A dificuldade em obter essa verba é o que mais dificulta a continuidade do projeto, que teria investimento do governo federal.

O governo estadual, por outro lado, mantém a intenção de colocar apenas os ônibus elétricos rodando pelo Eixo Anhanguera. A Metrobus divulgou edital em abril para a locação de 114 ônibus ao custo de R$ 1,46 bilhão em contrato previsto para durar 16 anos. O Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) questionou o processo, que foi suspenso em junho. De acordo com a concessionária, “a Metrobus ainda não recebeu o retorno do TCE para poder realizar o processo licitatório da contratação dos ônibus elétricos que vão atender os usuários do Eixo Anhanguera”.

Sobre o futuro do Eixo Anhanguera em 2023, a Metrobus informa que “a discussão operacional do Eixo hoje concentra-se nos ônibus elétricos e não mais num projeto de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT)”. Secretário da Secretaria Geral de Governo do Estado de Goiás (SGG), Adriano da Rocha Lima, garante que o Veículo Leve sobre Pneus (VLP), com uso de energia elétrica, é o modelo escolhido pelo governo para o futuro da Avenida Anhanguera. “A gente já discutiu modelos com a prefeitura sim, mas para a gente está pacificado com o uso dos ônibus elétricos”, diz.


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