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O estudo pode ser importante para futuras medidas em casos de emergência de saúde pública

Estudo de professora da UFG comprova importância do uso de máscaras

04/08/2022, às 01:47 · Por Redação

Um estudo liderado pela professora da Universidade Federal de Goiás (UFG) Cristiana Toscana, publicado em julho numa das mais importantes revistadas do mundo sobre políticas de saúde, a Health Affairs comprova a importância do uso da máscara para impedir o avança do Sars-CoV-2, o coronavírus, que provoca a Covid-19. A informação é do jornal O Popular.

A professora e pesquisadora do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) da UFG e outros cientistas avaliaram os efeitos individuais e combinados do conjunto de medidas sanitárias restritivas no País como um todo. Entre 1º de março a 24 de dezembro de 2020, pesquisadores coletaram dados de boletins epidemiológicos de 11 estados, incluindo Goiás.

Os autores conseguiram estimar os efeitos independentes de cada uma das intervenções por um longo período, ao contrário de estudos anteriores que identificaram resultados do conjunto de medidas, em localidades específicas ou em períodos mais curtos de tempo. O trabalho, capitaneado pela docente da UFG, revelou que, no Brasil, duas das medidas se mostraram mais eficientes - restrição de eventos e uso de máscaras. Com o impedimento de eventos públicos, a taxa de crescimento dos casos de Covid-19 caiu o equivalente a 23%.

No início da pandemia, a taxa de crescimento estava descontrolada, com uma média de 1,30 antes das intervenções. O efeito combinado de ambas as medidas, de acordo com os autores, diminuiu para quase 1, nível que para os especialistas indica que há uma estabilização, sem aumento de casos.

O que os pesquisadores descobriram é que não é necessário usar todas as intervenções não farmacológicas em seu nível mais estrito durante todo o período da pandemia. O estudo, na visão dos autores, é importante para que os gestores de saúde de todos os países tomem decisões em casos de emergência de saúde pública semelhantes. Ele mostra que medidas seletivas podem minimizar os impactos econômicos e sociais em países como o Brasil, com muitos trabalhadores na informalidade e estrutura educacional precária, em especial para o ensino a distância.

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