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atiane Camargo, tia da jovem, fez um boletim de ocorrência e a Polícia Civil de Goiás (PC-GO)

Jovem morre e família culpa negligência médica em Anápolis

28/07/2022, às 14:20 · Por Redação

A família da estudante Auane Camargo Lemos, de 19 anos, diz que a jovem morreu, no domingo, 24, de uma infecção no fígado após o Hospital de Urgências de Anápolis (Heana), local onde ela estava internada há 18 dias, não fazer uma cirurgia para tratar o quadro clínico. A informação é do jornal O Popular.

Tatiane Camargo, tia da jovem, fez um boletim de ocorrência e a Polícia Civil de Goiás (PC-GO) investiga o caso para saber se houve negligência médica.

A mulher conta que a sobrinha estava há alguns dias com dores abdominais e começou a procurar atendimento médico. Ela chegou a fazer alguns exames e sempre era liberada. A mãe da jovem, Sueli Camargo, preocupada com o estado da filha, resolveu pagar uma consulta particular e foi solicitado uma internação e aplicação de medicamento. Caso não resolvesse, deveria colocar um dreno ou fazer uma cirurgia.

No Heana, Tatiane diz que a equipe médica dava poucas informações e as visitas eram feitas apenas três vezes na semana. Auane deu entrada no hospital no dia 6 de julho e na data seguinte, foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e morreu no dia 24 de julho. “Ela era uma paciente estável, consciente e conversava com a gente”.

A tia conta que sempre questionava aos médicos sobre os exames e a cirugia e a equipe dizia que estava esperando para fazer um outro exame, “pois o primeiro não tinha dado certo”. A família então foi até a direção do hospital e disse que iria denunciar o local, então, eles repetiram o exame, mas não chegaram a entregar o laudo para a mãe da jovem.

Tatiane relata que a sobrinha teve uma piora na sexta-feira. 22, pois segundo ela, os médicos começaram a retirar uma medicamentação no dia anterior. No sábado, 23, os médicos pediram que a mãe fosse até o local ver a filha e elas chegaram a conversar. Auane disse para a mãe se cuidar, pediu um abraço e perguntou se ela a amava. Então, foi dito que a jovem teria que ser entubada.

No mesmo dia, já no período da tarde, em horário de visita, a mãe voltou ao hospital e, ao ver a filha entubada e com inchaço na barriga, perguntou aos médicos o motivo de não terem feito a cirurgia. Segundo Tatiane, a resposta que tiveram foi de que no local não são realizadas cirurgias.

A certidão de óbito de Auane Camargo consta que ela morreu de choque misto (séptico e hemorrágico), distúrbio de coagulação e abscesso hepático (infecção no fígado), que podem ter sido causada pela doença de Lúpus.

Em nota, o Heana afirma que não houve negligência médica no atendimento e em que momento algum a paciente recebeu indicação cirúrgica.


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