Poder Goiás
Goiânia, 29/05/24
Matérias
Divulgação

Uma das vítimas não tinha ligação com outros dois e estaria em bloco diferente

Polícia investiga três mortes de presos na CPP, em Aparecida de Goiânia

27/07/2022, às 09:31 · Por Redação

O Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Aparecida de Goiânia investiga a morte de três detentos no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na manhã desta terça-feira, 26, com sinais de enforcamento. Segundo o jornal O Popular, a suspeita é de que os homens tenham sido assassinados por outros presos.

Os mortos são Paulo Cesar Pereira dos Santos, de 23 anos, acusado de roubo; Hyago Alves da Silva, de 19 anos, acusado de homicídio e Matheus Junior Costa de Oliveira, de 20 anos, também acusado de homicídio. Hyago e Matheus eram vizinhos no Setor Buriti Sereno e respondiam pela morte encomendada de um dono de barbearia do bairro.

Os acusados foram detidos no dia 5 de maio, menos de dois meses após o homicídio pelo qual eram acusados. Matheus Júnior e Hyago teriam matado Clayton Junior Cestino Costa, no dia 16 de março, por volta de 22h30. Matheus Júnior ligou para a vítima horas antes combinando de se encontrarem ali perto e o esperou junto com o cúmplice. Também houve uma denúncia anônima indicando que os dois cometeram o crime a mando de um preso da CPP.

 Já Paulo César não teria ligação com os demais, conforme sustenta o advogado da vítima. Ele diz que o cliente não tinha envolvimento com facções criminosas e não teria reclamado de ameaças para ele ou para a família nas últimas semanas. Ainda, que Santos não teria vínculo com os outros dois presos encontrados mortos.

O representante informa que nota uma anormalidade no caso, já que o cliente não deveria estar no bloco B, onde foi morto com as outras vítimas. Ele já tinha passado pelo local e mantinha maior convívio com os blocos A e C. Quando o preso chega ao local, ele próprio indica o bloco em que se sente mais seguro.

Santos cumpria pena em regime semiaberto até o mês passado, mas regrediu porque, segundo o advogado, “teve problemas com a tornozeleira”. “A família está arrasada, porque o Estado deveria garantir a segurança e não o fez. Não sabemos como ele foi parar no bloco B”, relata Paulo Borges.


CPP Aparecida de Goiânia
P U B L I C I D A D E