Chacina em Cavalcante: policiais envolvidos respondem a mais dois homicídios

Mais três dos sete policiais militares acusados de matar quatro pessoas em uma chácara em Cavalcante, na região da Chapada dos Veadeiros, em janeiro deste ano respondem por mais dois homicídios na Justiça. Desta vez, as vítimas são Alessandro Pereira da Silva, de 23 anos, e Welington Gonçalves, de 27, mortos durante uma ação policial em Niquelândia no dia 8 de novembro de 2021.

Como mostra levantamento do jornal O Popular, sete policiais são citados em processos envolvendo ao menos 21 mortes, algumas delas arquivadas ou cujas investigações não avançaram. Desde então, com os casos desta semana o número já subiu para 24. Todos os casos ocorreram na região de Niquelândia, Cavalcante e Colinas do Sul.

O processo envolvendo os dois homicídios mais recentes chegou nesta semana ao Judiciário estadual, após a conclusão de um inquérito feito pela própria corporação militar. O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) já se manifestou afirmando que não é da competência da PM este caso e pedindo que a documentação seja enviada para a Justiça comum e não a militar.

Entre os que estão sendo julgados pelo crime em Cavalcante, participaram da ação que resultou na morte de Alessandro e Welington: o sargento Aguimar Prado de Morais, o sargento Mivaldo José Toledo e o cabo Jean Roberto Carneiro dos Santos. Já o soldado Eider Júnior da Silva, que estava com o trio, não compunha as equipes envolvidas com a ação na Chapada.

O caso
Além de Aguimar, Mivaldo e Jean, respondem pelo crime em Cavalcante os soldados Ítallo Vinícius Rodrigues de Almeida, Welborney Kristiano Lopes dos Santos, Luiz César Mascarenhas Rodrigues e Eustáquio Henrique do Nascimento. Todos estão presos desde o fim de fevereiro por homicídio qualificado.

Segundo a denúncia, os sete policiais entraram na chácara de Ozanir Batista da Silva, o Jacaré, de 46 anos, e renderam ele e os amigos Saviano Souza Conceição, de 63, Alan Pereira Soares, de 28, e Antônio Fernandes da Cunha, o Chico Calunga, de 35, matando os quatro em seguida na chácara de Saviano, que era ao lado.

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