Juiz manda soltar advogado suspeito de atirar contra pescadores em sua fazenda

O juiz de Alexânia, Fernando Augusto Chacha de Rezende, reconheceu nulidade da prisão de um advogado suspeito de atirar contra um grupo que pescava em represa dentro de sua fazenda em Nerópolis.

O motivo é a falta de comunicação à Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás. Preso em flagrante, o advogado teria dito na polícia que viu vultos e como já tinha sido vítima de furtos na propriedade, atirou na direção deles.

Mas que não fazia ideia que ia acertar porque não sabia se de fato tinham pessoas no local. Em seu poder foram apreendidas uma pistola calibre 38 registrada no nome do advogado e 12 munições intactas.

Uma mulher de 58 anos foi atingida por dois disparos. Levada ao Hospital de Urgências de Anápolis, ela recebeu alta no último domingo, 17. 

O presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas (CDP), Alexandre Pimentel, afirma que a OAB-GO, ao tomar conhecimento informal sobre o caso, instaurou procedimento para acompanhar e adotar as providências cabíveis de acordo com o Estatuto da Advocacia.

“Vale ressaltar, que a Ordem tem por regra acompanhar toda ocorrência envolvendo seus inscritos tanto para resguardo de suas prerrogativas como para fiscalização dos deveres funcionais por seus inscritos”, explica Pimentel.

Pontuou, ainda, que “acolhendo manifestação do titular da ação penal, relaxo a prisão do advogado em flagrante por nulidade absoluta”.

Além de acompanhar o caso na Justiça, o presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas determinou agora a remessa do caso ao Tribunal de Ética e Disciplina para apuração da conduta do advogado no caso.

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OAB-GO Pescaria