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Goiânia, 29/05/24
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Foto: Divulgação

Até aqui, as pesquisas divulgadas colocam Marconi em terceiro lugar, distante de Caiado e atrás também do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha

Marconi Perillo bate o martelo e disputará governo de Goiás pela quinta vez em 24 anos

14/07/2022, às 23:50 · Por Eduardo Horacio

Em encontro festivo no próximo sábado, 16, o PSDB goiano formalizará a pré-candidatura de Marconi Perillo ao governo de Goiás nas eleições de 2 de outubro. Será a quinta vez que o ex-governador disputará a eleição majoritária nos últimos 24 anos.

Em 1998 o então deputado federal Marconi Perillo desafiou a força do ex-governador Iris Rezende Machado (MDB), que tentava se eleger para um terceiro mandato. De azarão, o tucano acabou eleito na disputa encerrada no segundo turno. Então com 35 anos, Marconi se apresentava com discurso de mudança, sob a bandeira do ‘Tempo Novo’.

Em 2002, Marconi superou desgastes de seus primeiros anos de gestão e conseguiu a reeleição já no primeiro turno. A disputa se deu contra outro ex-governador emedebista, Maguito Vilela. No final do segundo mandato, em 2006, o tucano renunciou ao cargo para se candidatar ao Senado. Foi eleito com votação expressiva.

Após romper com o então governador Alcides Rodrigues, na época no PP, Marconi candidatou-se novamente ao governo, em 2010. Novamente, derrotou Iris Rezende no segundo turno, numa das eleições mais acirradas da história de Goiás. Em 2014, uma vez mais contra Iris, o tucano conquistou seu quarto mandato.

Derrocada
No entanto, as duas últimas vitórias de Marconi para o governo não foram conquistadas com facilidade e deixaram sequelas profundas na história do ex-governador. Em 2010, o tucano conseguiu uma aliança decisiva com o então senador Demóstenes Torres, uma das principais lideranças do DEM naquele tempo, para voltar ao Palácio das Esmeraldas.

Passada a disputa, o tucano viu seu governo envolvido em um escândalo de dimensão nacional. Marconi foi obrigado a prestar depoimento em uma CPI instalada no Congresso Nacional para tentar explicar a influência do contraventor Carlos Cachoeira em seu governo. O escândalo culminou na cassação de Demóstenes.

Em 2014, Marconi superou o desgaste e conseguiu esticar sua permanência no governo por mais quatro anos. O último mandato, porém, foi marcado por novos desgastes e escândalos políticos potencializados pela Lava Jato, que tragava mandatos e reputações em todo o País.

Em abril de 2018, mais uma vez, Marconi renunciou ao mandato para concorrer ao Senado. Porém, dessa vez, o desfecho foi muito diferente. Os desgastes pesaram e o tucano acabou derrotado, encerrando a disputa em um pífio quinto lugar com pouco mais de 400 mil votos, algo impensável até então.

Recomeço
Ainda tentando digerir a derrota eleitoral, Marconi Perillo acabou preso pela Polícia Federal em meio a Operação Cash Delivery, que investigava desvios de recursos para fins eleitorais. Em seguida, o ex-governador deixou Goiás e mudou-se para São Paulo.  

No ano passado, Marconi Perillo retornou a Goiás e mais uma vez começou a ventilar a possibilidade de nova candidatura ao governo, desta vez em oposição ao atual governador Ronaldo Caiado (DEM). A dificuldade de angariar apoios e reaglutinar antigos aliados não o inibiu.

Até aqui, as pesquisas divulgadas colocam Marconi em terceiro lugar, distante de Caiado e atrás também do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (Patriota). Os levantamentos apontam uma rejeição colossal ao nome do ex-governador, mas aliados alimentam a esperança de um quinto mandato. 


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