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Goiânia, 29/05/24
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Conforme dados da SES-GO, em 28 dias houve 13 óbitos por 100 mil habitantes em quem recebeu a dose extra, diante de 117 nos que não se vacinaram ou tomaram só uma dose

Aumenta número de mortes de idosos com vacinação incompleta em Goiás

12/07/2022, às 16:30 · Por Redação

A taxa de mortes por Covid-19 entre idosos não vacinados é oito vezes maior que a daqueles que receberam ao menos uma dose de reforço. O levantamento, com dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), foi feito pelo jornal O Popular e é referente aos óbitos ocorridos entre 7 de junho a 8 de julho deste ano. Os dados são os mais recentes sobre o impacto da vacinação no desenrolar da doença em Goiás.

Neste período, como mostra a reportagem, foram registradas 169 mortes de pessoas com 60 anos ou mais no estado em decorrência da infecção pelo coronavírus, em um universo de quase 900 mil pessoas. A taxa de mortes por 100 mil ficou em 13 para aqueles que receberam ao menos uma dose de reforço. Entre os não vacinados ou que tomaram apenas uma dose, ela sobe para 117.

A avaliação dos registros demonstra, ainda, o efeito do reforço no público idoso que completou o esquema primário. A taxa de mortes ficou em 28 em quem recebeu duas doses de AstraZeneca, Coronavac ou Pfizer, ou uma da Janssen. É mais que dobro da taxa de quem tomou ao menos uma dose de reforço. 

Conforme a superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, os dados comprovam que as vacinas têm cumprido o papel principal: o de prevenir casos graves e mortes pela Covid-19. Ela explica que as subvariantes da ômicron causaram um aumento significativo nos diagnósticos positivos, mas não houve uma explosão tão grande no número de internações e mortes, como ocorreu quando surgiram outras linhagens do Sars-CoV-2, como a delta e a própria ômicron.

“Para as infecções, a proteção caiu muito. Para casos graves e óbitos, não”, diz. Porém, a diferença das taxas de mortes e internações entre os grupos com o calendário vacinal em dia e sem vacinação mostra que a adesão ao reforço é de suma importância. De acordo com Flúvia, há estudos que indicam uma queda na proteção ao coronavírus com o passar dos meses.

Em idosos, no caso da Covid-19, isso pode ocorrer por volta dos quatro meses após a vacinação, período que tem sido utilizado como intervalo entres as doses de reforço. Isso ocorre mais fortemente nos idosos por causa de um fenômeno chamado imunossenescência, que é o envelhecimento do sistema imunológico, que causa o declínio da função imunológica do organismo. “A grande maioria dos óbitos é, atualmente, de idosos e imunossuprimidos”, afirma Flúvia.


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