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Esse tipo de adoção é considerada crime, sendo que a pessoa que adota ou doa a criança pode pegar pena de até seis anos, além de multa

Bebês podem estar sendo vendidos pelas redes sociais em Goiás

17/06/2022, às 17:28 · Por Redação

O site Diário do Estado trouxe matéria sobre bebês que são vendidos ou entregues por mães que não conseguem arcar com os gastos de criar um filho.

As informações foram apuradas em grupos de redes sociais como WhatsApp e o Facebook é o tipo de adoção chamada de à brasileira, bastante comum no país.

A prática faz parte da realidade vivida por muitas famílias e que foi acompanhada de perto, durante duas semanas, pela reportagem, inclusive, chegou a negociar com uma mulher grávida de seis meses e “encomendou” um bebê por R$ 4 mil.

A mulher, de São Miguel do Araguaia, explicou que não tinha condição de criar o bebê por já ter outros três filhos. Mãe solteira, pediu ajuda durante a gestação e se dispôs a vir a Goiânia para seguir com o pré-natal até o nascimento da criança e, consequentemente, a entrega.

Assim como a mãe que negociou com a reportagem, as BIO’s dizem não ter dinheiro para criar o filho que não foi planejado.

As adotantes, por outro lado, afirmam ter condições financeiras para dar “boa vida” à criança, oferecendo dinheiro para ajudar na gestação e uma quantia maior para que a criança seja entregue.

Outras apenas dizem que vão ajudar durante a gestão, pagando exames e consultas, além de arcar com a locomoção da “BIO”. Muitas mulheres procuram meninas, outras meninos, mas grande parte diz não ter preferência por sexo. Durante as longas conversas, elas trocam conselhos e até pedem ajuda para escolher o nome da criança.

Ao serem questionadas pela reportagem, que se passou por uma mulher em busca de filho adotivo, elas falaram que escolheram a opção ilegal por não aguentar mais esperar na fila de adoção. Astutas, as mulheres evitam falar sobre o preço pago para que as mães entreguem as crianças.

A adoção à brasileira, segundo a titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Goiânia, Caroline Borges Braga, consiste no reconhecimento voluntário por parte dos pais (ou de apenas um) da paternidade de um filho alheio. Desse modo, deixam de seguir os procedimentos legais exigidos em um processo de adoção. 

Esse tipo de adoção é considerada crime, sendo que a pessoa que adota ou doa a criança pode pegar pena de até seis anos, além de multa. 


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