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Valério Luiz Filho lamenta o adiamento do julgamento dos acusados de matar o pai, o radialista Valério Luiz, pela quarta vez

Filho de Valério Luiz diz que é emocionalmente difícil saber que júri foi adiado pela 4ª vez

15/06/2022, às 12:01 · Por Redação

O advogado Valério Luiz Filho, um dos assistentes de acusação do júri, disse que é "emocionalmente difícil" saber que o julgamento dos acusados de matar o pai, o radialista Valério Luiz (morto a tiros em 2012) foi adiado pela quarta vez, após um jurado passar mal e quebrar o isolamento ao deixar o hotel onde estava, nesta terça-feira, 14, em Goiânia.

“Emocionalmente é difícil ficar sabendo que foi suspenso por um júri que saiu do hotel”, disse o filho da vítima e assistente de acusação. Desta vez, o adiamento foi provocado pela dissolvição do júri. O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) explicou que dissolver o júri significa que o julgamento foi encerrado sem um resultado devido a algum problema.

Com isso, um novo julgamento deve acontecer desde a fase inicial, escolhendo novos jurados e ouvindo novamente todas as testemunhas. "Eu pessoalmente queria continuar, mas o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), como fiscal da lei, viu que não havia condições porque a gente não sabe o que o jurado fez na madrugada. Queria fazer um apelo para que, na próxima sessão o tribunal reforce a segurança dos jurados”, ressaltou o advogado.

O júri popular foi adiado pelo juiz Lourival Machado, depois que um jurado deixou o hotel em que estava isolado por ter sentido mal estar. O jurado, um estudante de direito, passou mal durante a madrugada pois era intolerante a lactose e comeu lasanha e estrogonofe. Com isso, o júri foi dissolvido e o julgamento remarcado para 5 de dezembro deste ano, quando novos jurados serão escolhidos e as testemunhas serão ouvidas novamente.

Para Valério Filho, a situação é ruim não só para os profissionais e familiares envolvidos no episódio, mas também para o Tribunal. “É todo um esforço jogado fora porque um rapaz sai sem avisar ninguém”, comenta. “Existe um trabalho logístico, gasto com hotel, gasto com alimentação, além do trabalho processual e das horas de investimento no caso”, argumenta.

Ele também destaca a posição das testemunhas que precisam voltar a passar pela situação, que classifica como tensa, especialmente pela postura adotada pelos advogados de defesa dos cinco réus. “As testemunhas ficam falando de um fato que já é sofrido para eles, são confrontados por advogados muito agressivos. As famílias também ficam apreensivas”, pontua.


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