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A previsão é que o júri dure de três a quatro dias e está foi composto exclusivamente por homens

Começa julgamento dos acusados pela morte do radialista Valério Luiz

13/06/2022, às 12:52 · Por Redação

Teve início no meio da manhã desta segunda-feira, 13, o julgamento dos acusados pela morte do radialista Valério Luiz, executado há quase 10 anos, a mando de Maurício Sampaio, segundo o Ministério Público, e com outros quatro envolvidos. A audiência, que ocorre no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) é uma continuação da que foi iniciada em 2 de maio, quando a defesa de Sampaio abandonou o plenário, alegando suposta suspeição do juiz e dos promotores que atuam no caso.

A previsão é que o júri dure de três a quatro dias e está sendo acompanhado pela imprensa. São ouvidos, além dos réus, os promotores Maurício Camargo, Renata Souza e Sebastião Martins. Ao todo, estão previstas 30 testemunhas, sendo que três delas – pertencentes à defesa do réu Maurício Sampaio -, não compareceram a princípio.

O juiz determinou então que elas fossem localizadas, e serão ouvidas a partir das 13h, após uma pausa para o almoço. Os assistentes de acusação são Valério Luiz de Oliveira Filho - filho do radialista -, Lorena Nascimento e Silva e Jales Rodrigues Naves Júnior.

Juri
Após o sorteio, o corpo de jurados do júri foi composto exclusivamente por homens. Este primeiro dia deve durar cerca de 9 horas, e a expectativa é que todas as cinco testemunhas da acusação sejam ouvidas.

Os cinco acusados do crime são:
1- Maurício Sampaio, apontado como mandante; 
2- Urbano de Carvalho Malta, acusado de contratar o policial militar Ademá Figueiredo para cometer o homicídio contra o radialista;
3- Ademá Figueiredo Aguiar Filho, apontado como autor dos disparos que mataram Valério;
4- Marcus Vinícius Pereira Xavier, que teria ajudado os demais a planejar o homicídio do radialista;
5- Djalma Gomes da Silva, que teria ajudado no planejamento do assassinato e também atrapalhado as investigações.

O crime
A Polícia Civil concluiu, em fevereiro de 2013, que cinco pessoas participaram do crime. O inquérito possui mais de 500 páginas e mais um volume com provas técnicas contra os suspeitos. O Ministério Público denunciou Maurício Sampaio como mandante do crime. O documento destacava que os comentários feitos por Valério Luiz geraram entre Sampaio e o radialista "acirrada animosidade e ressentimento" por parte do acusado.

Segundo as investigações, ele teria encomendado a morte do jornalista para dois policiais militares - que faziam informalmente a segurança dele: sargento Djalma da Silva e o cabo Adema Figueiredo. O esquema também teria contado com a ajuda de uma espécie de faz tudo do dirigente, Urbano Malta, e de um informante da polícia: Marcus Vinícius Pereira Xavier.

Para o Ministério Público, a peça-chave desse esquema é Marcus Vinícius, que chegou a prestar quatro depoimentos diferentes. Depois de solto, foi para Portugal sem informar a justiça. Entrou na lista dos mais procurados da Interpol. Foi preso e extraditado em 2014. Aqui no Brasil, ele deu um novo depoimento a justiça. Marcus Vinicius tinha um açougue, que vendia espetinhos. Segundo ele, a ação foi planejada ali, pelo sargento Djalma da Silva, que frequentava o local e é apontado como articulador do crime.

A tarefa de Marcus Vinicius, segundo a polícia, foi arrumar uma moto, capacete e uma camiseta para serem usados no crime. Já Urbano, um suposto funcionário de Maurício Sampaio, teria a função de arrumar dois celulares para ele e o atirador se comunicarem no local do crime.


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