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Goiânia, 01/05/24
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Foto: João Sérgio

Haroldo Caetano, promotor, tem apontado vícios no processo que levou o ex-presidente Lula à prisão

Haroldo Caetano diz que pedido de prisão de Dallagnol e Sergio Moro repete os erros da Lava Jato

22/07/2019, às 00:06 · Por Eduardo Horacio

Em tweet do dia 16 de julho, o promotor de Justiça Haroldo Caetano, do Ministério Público de Goiás, disse que o pedido de prisão do juiz Sergio Moro, do promotor Deltan Dallagnol e outros “não tem relação com a defesa da democracia”. Segundo Haroldo, o “pedido em questão repete justamente o que eles (Moro e Dallagnol) fizeram na Lava Jato, violando o devido processo legal e a própria democracia”.

Haroldo se referia ao fato do Coletivo Advogadas e Advogados pela Democracia (CAAD) ter protocolado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) uma notícia-crime em é pedida a prisão do ex-juiz Sérgio Moro e dos procuradores federais Deltan Dallagnol, Laura Gonçalves Tessler, Carlos Fernando dos Santos Lima e Maurício Gotardo Gerum.

O documento assinado pelos advogados diz: “Para a garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal, nos termos dos arts. 312 e 313, I, CPP, a prisão preventiva de Sérgio Moro, Deltan Dallagnol, Laura Tessler, Carlos Fernando dos Santos Lima e Maurício Gotardo Gerum”.

E mais: “o ex-juiz e os procuradores da autodenominada Força-Tarefa Lava-Jato de Curitiba/PR se valeram dos cargos públicos para fabricar denúncias criminais e processos judiciais com o fim de obtenção de vantagens pessoais, o que tem vindo a público através de conteúdos obtidos em arquivos digitais, divulgados pelo site The Intercept, revelando conversas entabuladas entre o juiz SÉRGIO FERNANDO MORO e os procuradores federais, demonstrando fortes indícios de atuação ilegal, imoral e criminosa por parte dos Noticiados, na condução da Operação Lava Jato”.

O pedido de prisão conclui afirmando que “os mesmos objetivaram, e de fato conseguiram, interferir no resultado das eleições presidenciais havidas em 2018, em nítido posicionamento parcial de preferência político-partidária”.


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