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Goiânia, 20/04/24
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Rubens Salomão / Sagres ON

Reitor da UFG, Edward Madureira, avalia que ainda é cedo para opiniões profundas. Projeto Future-se está aberto a propostas públicas até o dia 7 de agosto.

Reitor da UFG sobre o programa Future-se: “É difícil pensar no programa de futuro, sem o presente”

22/07/2019, às 00:06 · Por Pedro Lopes

O Ministério da Educação (MEC) apresentou na quarta-feira, 17, o programa Future-se, que prevê mudanças no financiamento de universidades públicas, alargando a margem para investimentos privados. Em entrevista à Sagres 730, o reitor da Universidade Federal de Goiás, Edward Madureira, opinou sobre a proposta. 

Segundo Edward, ainda é cedo para avaliações mais profundas, mas pontua que não há qualquer objeção ao aumento de fontes de captação para a universidade. Ele destaca que o relacionamento das universidades com o setor privado já é saudável. “Não há dificuldade da Universidade se relacionar com setor produtivo, a UFG e outras universidades fazem isso cotidianamente, em parcerias que garantem aquilo que é fundamental, que é nossa autonomia”, disse. 

O MEC apresentará um Projeto de Lei que regulamentará o projeto. Para isso, está disponível à consulta pública até o dia 7 de agosto para que cidadãos opinem e apresentem propostas. Em 28 de agosto, tudo será enviado ao Congresso para análise e votação. Dentre os pontos avaliados pelo reitor, ele destaca que algumas iniciativas são bem-vindas, mas que “questões fundamentais como a autonomia universitária e o financiamento público para as atividades que precisa para se manter, nós não abriremos mão de forma nenhuma”. 

Com cerca de 30% do orçamento das universidades federais contingenciado pelo Governo, boa parte deles destinados a custear energia e vigilância, Edward avalia que “é difícil começar a pensar no programa de futuro, sem o presente”. 


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