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Goiânia, 18/05/24
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Técnicos retiram lixo radioativo das áreas contaminadas nos setores Aeroporto e Ferroviário, no centro de Goiânia, bairros mais afetados pela contaminação do césio-137

Travado por Marconi durante 20 anos, memorial das vítimas do Césio 137 é reivindicado

10/07/2019, às 00:03 · Por Pedro Lopes

Em meio ao sucesso da minissérie Chernobyl do canal estadunidense HBO, que conta sobre o maior acidente nuclear da história, em 1986, o acidente radiológico do césio 137 de 1987 em Goiânia ainda não conta com um memorial.

O jornal Correio Brasiliense mostra que as vítimas do que já foi o maior acidente em área urbana do mundo (Chernobyl era rural) até Fukushima em 2011, cobram a construção de um museu ou de um memorial em Goiânia.

Eles querem manter viva a lembrança daqueles que não suportaram a radiação e dos que ainda sofrem com a contaminação. Acreditam ser necessário sempre falar sobre o trágico setembro de 1987, principalmente para evitar que ele se repita. Levantamentos de sindicatos, associações e do Ministério Público de Goiás indicam pelo menos 66 mortes e cerca de 1,4 mil vítimas atingidas pelo material radioativo.

O acidente praticamente encerrou a carreira do então governador Henrique Santillo, que demorou a pedir ajuda à época, e sofreu com meses de crises envolvendo o episódio. Santillo foi padrilho político do ex-governador Marconi Perillo (PSDB) e tinha resistência em reforçar o assunto. Estudante e pesquisadores, no entanto, consideram o acidente de extrema relevância, tanto do ponto de vista do número de vítimas quanto pelo simbolismo que a má gestão de lixo radioativo pode provocar. 

O artista plástico goiano Siron Franco desenvolveu dois projetos para dar de presente à cidade, mas nada sai do papel. Siron cresceu na Rua 74, diante da Rua 57 do Setor Central, onde foi rompido o lacre da cápsula com o material radioativo. A tentativa de construção do Memorial das Vítimas do Césio 137 estava na pauta das ações da gestão de Marconi Perillo (2011-2018), mas nada saiu do papel em oito anos.


Césio 137
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