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Goiânia, 28/03/24
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Foto: Reprodução/TV Cultura

De acordo com Ronaldo Caiado, o processo que culminou com o impeachment de Dilma foi positivo ao País

Na TV, Caiado explica voto contra Dilma e a favor de Collor em processos de impeachment

27/06/2019, às 03:01 · Por Eduardo Horacio

O governador Ronaldo Caiado (DEM) conseguiu defender o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), ocorrido em 2016, e ainda se manter crítico de desfecho semelhante com Fernando Collor de Melo, em 1992. As declarações do governador foram dadas em entrevista ao programa Provocações, da TV Cultura, antes ancorado (e consagrado) por Antonio Abujamra e hoje comandado pelo jornalista Marcelo Tas.

Após disputar a presidência da República, em 1989, Ronaldo Caiado era deputado federal em primeiro mandato (tomou posse em 1991), quando Fernando Collor enfrentou processo de impeachment, em 1992. Caiado foi um dos poucos parlamentares a votar contra a interrupção de mandato do então presidente. De Goiás, só ele e José Gomes da Rocha ficaram com Collor até o fim.

Passados quase 27 anos do processo que culminou com a saída de Collor, Caiado segue defendendo seu posicionamento, mas tem uma explicação atualizada. Segundo ele, defendia novas eleições. “Precisávamos ter, não a continuidade, mas a limpeza dentro de um processo que convocasse novas eleições porque eles não tinham condições de substituir um governo que havia sido contaminado”, argumentou.

“Você viu que aquilo, naquele momento, foi uma grande farsa. Logo depois, todos aqueles que eram os paladinos da moralidade foram caindo também”, afirmou Caiado. Provocado por Marcelo Tas a citar nomes, Caiado lembrou da “estrutura de Quércia”, em referência ao ex-governador de São Paulo, Orestes Quércia, morto em 2010 e Marcelo Tas completou citando o nome de José Sarney.

Dilma
Ao defender sua posição a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, Ronaldo Caiado fez um lembrete: ele defendeu abertamente a antecipação das eleições (embora não houve previsão constitucional para isso), e não a ascensão do vice-presidente Michel Temer (MDB). Ao contrário do que ocorreu na votação que impediu Collor, o voto favorável de Caiado ajudou a derrubar Dilma e ascender Temer. Antes disso, Caiado já havia participado de manifestações na Avenida Paulista a favor do impeachment da petista.

De acordo com Ronaldo Caiado, o processo que culminou com o impeachment de Dilma foi positivo ao País. “Esse processo de total destruição da máquina pública, ao termos estancado aquele processo, o brasileiro passou a ter melhor conhecimento da realidade”, defendeu o governador goiano.

O governador de Goiás, porém, defendeu que o impeachment de Dilma ocorreu por vontade da população, referência que esqueceu de citar no caso de Collor. “Na realidade, o impeachment não foi praticado pelo Congresso, ele foi pela população brasileira que foi às ruas. E os grandes movimentos levaram o Congresso Nacional se pronunciar”, concluiu Ronaldo Caiado. 


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