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Carlos Siqueira / Secom UFG

Reitor Edward Madureira, da UFG, durante apresentação de estudo: ingressantes das universidades federais são, em sua maioria, das classes C, D e E

Na UFG, 75% dos estudantes são de famílias das classes C, D e E

24/05/2019, às 00:12 · Por Eduardo Horacio

A Universidade Federal de Goiás (UFG) apresentou ontem, 23, durante entrevista coletiva, a dados locais da V Pesquisa do Perfil Socioeconômico e Cultural dos Estudantes de Graduação das Universidades Federais, realizada pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

Na UFG, entre os graduandos, 75,5% possui renda mensal familiar per capita de até 1,5 salário-mínimo – o percentual mais elevado da Região Centro-Oeste; 54,58% são negros e 63,1% estudaram na rede pública de ensino. No Brasil, de acordo com o levantamento da Andifes já apresentado ao Ministério da Educação (MEC), 70,2% dos estudantes da rede federal de ensino superior têm renda familiar per capita de 1,5 salário-mínimo, 51,2% são negros e 64,7%  oriundos de escola pública.

Ainda segundo a pesquisa, 58,3% dos estudantes da UFG entram pela modalidade ampla concorrência e 41,97% por cotas. Dentre os cotistas em Goiás, 34,09% reúnem a combinação escola pública, com pretos, pardos e indígenas (PPI), e renda mensal familiar de até 1,5 salários mínimo; 

O vice-presidente da Andifes e reitor UFG, Edward Madureira, disse acreditar que a pesquisa ajuda a esclarecer uma realidade “que ainda muitos atores do governo e da mídia desconhecem que é a composição, do ponto de vista da renda, dos estudantes das universidades. Fica muito claro que os ingressantes das universidades federais são em sua maioria, das classes C, D e E" ressalta.

Por outro lado, os dados devem nortear a assistência estudantil, de modo a torná-la mais efetiva, sobretudo no atual contexto, em que o auxílio aos alunos está sob risco, devido ao contingenciamento de verbas. “Além dos recursos específicos para a assistência estudantil, também entramos no nosso orçamento para garantir a permanência desses estudantes, dada a vulnerabilidade em que se encontram”, ressalta. 

Dados
A pesquisa Andifes foi realizada com estudantes de graduação de 63 universidades e dois Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefets) de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados entre fevereiro e junho de 2018 pela internet. Foram validados 424.128 questionários. O equivalente a 35,35% dos estudantes.   A Universidade Federal de Goiás participou do levantamento por meio de 5.089 estudantes, ou seja, 16,61% dos 30.633 discentes da Instituição.



Edward Madureira UFG Andifes
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