Poder Goiás

Goiânia, 19/04/24
Matérias
Foto: Divulgação

Cristiane Schmidt: o Estado hoje trabalha para pagar o servidor público

Cristiane Schmidt volta a apostar em redução de salário dos servidores efetivos com redução de horas

18/05/2019, às 00:01 · Por Diene Batista

A secretária da Economia de Goiás, Cristiane Schmidt, disse em entrevista à TV Anhanguera que aquilo que Goiás arrecada não dá para cobrir todas as despesas e fazer novos investimentos. Schmidt diz que procura fôlego para as contas e para isso o corte com despesa de pessoal tem sido o foco do governo. A folha de pagamento, segundo a titular da Economia, continua como vilã das contas do governo, com mais de 80% arrecadação indo para o salário dos servidores. O que sobra vai para pagamento de dívidas, 14%, e despesas com Saúde, Educação e Infraestrutura.

"Hoje eu trabalho para 2,5% da população. Eu não trabalho para você. Eu trabalho para o servidor público e isso precisa modificar essa mentalidade. Precisamos reduzir o percentual de folha dentro da receita do Estado para que a gente possa ter condições de investir", disse ela na entrevista.  O salário de dezembro foi pago para 70% do servidor, outros 30% está parcelado. Na tentativa de reduzir a folha, o governo cortou comissionados, proibiu contratações e concursos públicos e quer economizar R$ 100 milhões. 

O Estado pretende diminuir o salário dos servidores com a diminuição da carga horária de trabalho deles. Para isso, o governo depende de uma decisão do STF, que deve julgar esse pedido semana que vem. Paralelo aos cortes, a gestão Caiado trabalha para aumentar a arrecadação. Segundo a secretaria de Economia, o combate à sonegação cresceu 9,7% desde o início do ano, somado a reduções com internet, telefone e combustível, renegociação de aluguel e fechamento de escolas pode gerar uma economia de R$ 400 milhões por mês. 

Segundo Schmidt, medidas fundamentais para que Goiás entre no Programa de Equilíbrio Fiscal (PEF). “Vai ser um avalista do Estado para que nós possamos ir ao mercado, aos bancos privados, pegar dinheiro e podermos pagar nosso custeio. Quando o PEF chegar aí eu vou poder pegar o empréstimo a taxa de mercado. Então não tem assim eu não vou pegar. Eu vou pegar”. 

Se não der certo com o PEF, o governo tem o plano B, pegar R$ 900 milhões do Fundo Constitucional de Investimento do Centro Oeste (FCO). “O parlamento vai ver qual é o tipo de medida que tem que fazer para levar isso a diante. O governador mencionou Medida Provisória, ele foi parlamentar por muitos anos e sabe do que está falando”, opina. 


Cristiane Schmidt Secretaria da Economia Ronaldo Caiado Plano Mansueto
P U B L I C I D A D E