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Goiânia, 25/04/24
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O governador Ronaldo Caiado (DEM) disse não ser o responsável pelo fechamento de campus da UEG, mas sim o reitor da instituição

Lideranças de Goianésia tentam salvar UEG e Caiado joga responsabilidade para reitor

17/05/2019, às 00:00 · Por Diene Batista

O governador Ronaldo Caiado (DEM) não se comprometeu a salvar a unidade de Goianésia da Universidade Estadual de Goiás (UEG), uma das mais tradicionais do Estado, após apelo do prefeito de Goianésia, Renato de Castro (MDB) e do presidente da Câmara de Vereadores de Goianésia, Múcio Santana (MDB),

O governador Ronaldo Caiado (DEM) disse não ser o responsável pelo fechamento do câmpus da UEG, mas sim o reitor da instituição. "A maior mentira que tentam implantar nessa hora é que o governador do Estado estaria fechando câmpus universitário no Estado todo e também em Goianésia. É mentira! quem fecha câmpus e quem abre câmpus é o reitor da Universidade Estadual de Goiás", se defende. 

A sessão do Conselho Universitário da UEG, que estava marcada para esta quinta-feira, 16, não ocorreu após ação civil pública do Ministério Público de Goiás em razão de irregularidades que apontam possível decisão de encerramento da instituição em Goianésia e outras 15 unidades. Na ação, o promotor de Justiça Antônio de Pádua Freitas Júnior requer que a universidade apresente cópia do processo administrativo que trata da extinção do campus de Goianésia. 

Conforme apresentado na ação, sob a alegação da necessidade de uma nova estruturação, ocasionada por limitações orçamentárias e financeiras, a UEG iria iniciar um processo de extinção de campus universitários e cursos. Assim, uma “Comissão de Redesenho” ficaria responsável por constatar quais campus não atendem critérios mínimos determinados e quais atendem, para posterior rediscussão de sua oferta ou permanência.

Em reunião administrativa realizada em 31 de janeiro deste ano, foram estabelecidos os critérios que seriam aplicados a cada campus, bem como instituída a comissão. Ocorre que, segundo aponta o promotor, houve irregularidades na formação desse colegiado, tendo em vista que a comissão foi criada no momento da reunião, às pressas, sem a aprovação prévia do Conselho Acadêmico e de seus integrantes, por diretores dos campus que estavam presentes, inclusive de campus envolvidos no redesenho.

“Os nomeados à comissão de redesenho que voluntariamente se ofereceram, sem aprovação prévia do plenário do Conselho Acadêmico, possuem interesses diretos na análise da aplicação dos critérios de avaliação, haja vista que vários são diretores dos câmpus envolvidos”, pontua o promotor. 


Múcio Santana Câmara de Vereadores de Goianésia Renato de Castro UEG
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