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Fachada do Materno Infantil: fechamento de hospital especializado deve impactar pacientes e funcionários

Caiado chama interdição do Materno Infantil de “midiática” e “irresponsável”

03/05/2019, às 00:11 · Por Diene Batista

Alvo de muito gogó e poucas ações por parte do governador Ronaldo Caiado (DEM) e de seus auxiliares, o Hospital Materno Infantil (HMI) teve sua interdição total pedida pela Superintendência Regional do Trabalho em Goiás (SRT-GO). Em vistorias, o órgão identificou problemas na estrutura, superlotação, falta de abastecimento e de saneamento. O Estado tem 10 dias, contatos a partir do último dia 30 de abril, para apresentar um plano de desocupação.

Ontem, 2 de maio, em entrevista à rádio Vinha FM, Caiado chamou a ação dos auditores do trabalho de “midiática”, “irresponsável” e “inconsequente”: “Chega a ser criminoso. É preciso que se entenda que não é possível criar uma equipe especializada para tratar de cada criança daquela, recém-nascida, num estado de tamanha gravidade. Dispersar dez pacientes em cada leito de um hospital A, B, C ou D é algo que eu qualifico como absurdo. Não há equipes, não há pessoas suficientes. Estamos tratando de vidas”, argumentou ele, que é médico. 

Pelas contas do governo estadual, se aceita, a medida deve provocar a demissão de 1.200 funcionários. “E o Estado sequer foi notificado. A notificação foi feita pela mídia. Esta pessoa, no mínimo, deveria ter procurado a Superintendência, ou o secretário, buscado uma saída conjunta e apresentado também alternativas”, reclamou.

Caiado informou que a Procuradoria-Geral do Estado de Goiás (PGE-GO), vai impetrar ação cautelar pedindo a nulidade do termo de interdição do Materno. Ainda na entrevista, ele lembrou o polêmico leilão de dois carros de luxo usados pelos ex-governadores Marconi Perillo (PSDB) e José Eliton (PSDB) para comprar remédios para a unidade. O problema é que o valor arrecadado não cobre sequer 0,5% do custeio do hospital. 

Como o caso das placa-desculpa que viralizou no feriado da Semana Santa, o caso do Materno Infantil demonstra um governo que até agora reclamou muito, mas apresenta poucas ações efetivas. Os dois casos guardam uma semelhança: resolvê-los é fundamental para salvar vidas.


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