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Goiânia, 19/04/24
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Foto: Wagnas Cabral/Divulgação

Marconi e Reimer: denúncias de irregulares marcaram gestão á frente da combalida UEG

Reitor da UEG renuncia após denúncias em contratos do Pronatec

26/04/2019, às 00:01 · Por Diene Batista

Deve ser publicada no Diário Oficial de Goiás hoje (26) a renúncia do reitor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Haroldo Reimer. A carta foi entregue ao reitor interino Ivano Alessandro Devilla, também pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, que estava no comando da universidade desde 27 de março, quando Reimer pediu afastamento. A saída pela porta dos fundos acontece após denúncias de irregularidades em contratos realizados por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). 

O jornal O Popular revelou que a Controladoria Geral do Estado (CGE)  apontou falta de documentação que comprove a carga horária e a execução de serviços de profissionais durante o ano de 2018, quando 7.110 alunos estavam ligados a 286 cursos de formação inicial e continuada, além de 22 profissionalizantes. As irregularidades nos contratos somariam R$ 4 milhões. 

À época do pedido de afastamento, o agora ex-reitor definiu como "humilhação" a renúncia ao cargo. Reeleito em 2016, sua gestão chegaria ao fim no próximo ano. 

“Não quero ser óbice para a boa relação entre governo e universidade. Quero me afastar. A renúncia é humilhante e desonrosa e passa um atestado de culpa que não existe nesse momento. Existem indícios de irregularidades que estão sendo, ainda, apuradas”, afirmou. 

Reimer estava em seu segundo mandato. Ele assumiu em 2012, para mandato pró-tempore, após denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) sobre irregularidade durante o mandato do ex-reitor Luís Antônio Arantes. Meses depois, foi eleito para mandato de quatro anos. 

À frente da gestão da instituição de ensino durante os mandatos do governador Marconi Perillo (PSDB), Reimer cumpriu à risca o papel de serviçal do tucano. Ignorou princípios basilares, como a autonomia universitária, e deixou servidores docentes e técnico-administrativos e alunos amargando a falta de estrutura que deu o tom da UEG nestes 20 anos de existência. Ao longos dos últimos anos, outras denúncias também vieram à tona, como mostrou o Poder Goiás aqui.


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