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Goiânia, 28/03/24
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Foto: Divulgação

As empresas, que deveriam se apresentar como parte da solução, preferem se vitimizar sempre que a pauta do aumento aparece

Empresas de ônibus são hoje o maior problema do transporte coletivo da região metropolitana

24/04/2019, às 00:01 · Por Diene Batista

É inegável a confusão que as quatro empresas de ônibus que operam na Região Metropolitana fazem sobre o sistema de transporte coletivo. O primeiro deles é se portar como um mero operador privado e agir movido pelo lucro.  

A lógica de um bom sistema urbano de transporte eficiente, em qualquer lugar do mundo, é que precisa ser pensada pela ótica da oferta e não pela demanda. Em que linhas que pareçam deficitárias existam para atender um público importante para o todo funcione bem e até mesmo pensando na ampliação da demanda. 

Foi exatamente o pensamento único e exclusivamente mercantilista é que está quebrando o sistema. Assim como a promotora Leila Maria de Oliveira disse ao jornal O Popular nesta terça-feira, 23, “se a tarifa é pública, se é uma taxa, não pode ser uma empresa privada, uma concessionária ou um consórcio de empresas, cobrar, arrecadar e ela mesma controlar todo o recurso”, afirmou. 

As empresas se comportam há anos como sendo apenas atividade fim: transporte, mas devia ser mais que isso, pois a complexidade do transporte exige meios para que o sistema não entre em colapso: abrigos, terminais, limpeza de ônibus e treinamento dos motoristas. 

Nada disso, entretanto, foi preocupação das operadoras, mesmo que isso signifique perda milionária a longo prazo. Mais de 60 dos 235 milhões de passageiros, queda de 27%, saíram em busca de outros meios de transporte. O quadro provocou o caos no trânsito e por mais que neguem, foi um tiro no próprio pé o egoísmo habitual.  

Uma das empresas, a Rápido Araguaia, do Grupo Odilon, por exemplo, tem um ramo diversificado que inclui o Cerrado Shopping, um dos mais novos de Goiânia. O empreendiento mosta que não foi mal negócio ter entrado no ramo de transporte, apesar de sempre lamentarem o aumento de custo, que cresce exatamente na proporção direta da perda de usuários. 

As empresas, que deveriam se apresentar como parte da solução, preferem se vitimizar sempre que a pauta do aumento aparece, e ainda não perceberam que se transformaram no principal problema de todo o sistema de transporte público da região metropolitana. 


Transporte Coletivo Rápido Araguaia Leila Maria de Oliveira
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