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Goiânia, 29/03/24
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Foi esse perfil que o goianiense elegeu para governar Goiânia, longe de radicalismos e com diálogo constante com o que parece diferente

Análise: Morte de Maguito representa uma perda imensurável

13/01/2021, às 14:00 · Por Eduardo Horacio

A morte de Maguito Vilela (MDB) representa uma perda impossível de medir para a política goiana e nacional. Ainda mais em pleno 2021, em que a política mais do que nunca precisa de conciliadores para tentar apaziguar um incêndio de polarizações sem fim em torno dos mais variáveis assuntos. Maguito sempre fez política buscando os pontos de intersecção, nunca deixando de dialogar com quem pensava diferente dele e especialmente de quem fazia oposição aos seus mandatos – seja de governador ou de prefeito. Dialogava bastante, sem ser volúvel. Ouvia e acatava ideias de seu interlocutor, mostrando que não era intransigente.

Foi com essa habilidade conciliadora que chegou a vice-governador em 1991 e a governador em 1995. Na eleição para governador de 1994 venceu porque era visto pelo eleitor como conciliador e humilde – diferentemente, na época, dos adversários Lúcia Vânia e Ronaldo Caiado. Não há gestos ou palavras de arrogância em sua trajetória política. Não guardava mágoas e sabia da dívida social que o poder tinha para com os mais pobres – não à toa, foi o primeiro governador do Brasil a adotar políticas sociais de forma massiva (e não apenas residual), como a distribuição de cestas básicas e a política do pão e do leite. Políticas sociais que até hoje são repetidas e aprimoradas por outros governadores e pelo governo federal.

Em Aparecida de Goiânia, deu outro rumo à cidade. Antes cheia de gestores que olhavam mais interesses próprios do que públicos, Maguito transformou Aparecida em um dos locais mais pujantes do Brasil, com empresas nascendo aos borbotões em todos os cantos e o crescimento chegando para pobres e ricos. Maguito também foi o pioneiro na busca incessante de verbas federais. Foi a cidade com mais de 200 mil habitantes que mais teve investimentos da União de 2009 a 2016, sobretudo de governos do PT, com quem aprendeu a dialogar em 1995, quando Darci Accorsi (PT) era prefeito da capital e Maguito era governador.

Fica a esperança de que, agora prefeito, Rogério Cruz, siga essas lições para administrar Goiânia pelos próximos quatro anos. Foi esse perfil que o goianiense elegeu para governar Goiânia, longe de radicalismos e com diálogo constante com o que parece diferente. Que os políticos goianos e brasileiros também tentem fugir da polarização oca, vazia, feita apenas para buscar holofotes e likes nas redes sociais. Ou a política segue o caminho trilhado por Maguito ou daqui a pouco não haverá mais caminho nenhum.   


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