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Diante da alta de internações, estados que estão em alta querem proibir festas de fim de ano e restringir funcionamento de bares e restaurantes

Goiânia tem 3ª menor taxa de ocupação de UTIs entre as capitais

10/12/2020, às 13:17 · Por Pedro Lopes

Goiânia tem a terceira menor taxa de ocupação nos leitos públicos de UTI com 37%, segundo levantamento da Folha de S. Paulo. A turística Florianópolis (SC), está na pior posição com quase todos os leitos públicos de UTI ocupados: 98%. No Rio de Janeiro, também destino de férias, o percentual chegou a 92%.


São oito, nesta semana, as capitais brasileiras com mais de 80% de lotação nos leitos públicos de UTI para a Covid-19, segundo levantamento do jornal com governos estaduais e prefeituras de todos os estados. Em meados de novembro, eram seis as capitais com pacientes graves com coronavírus ocupando mais de 80% dos leitos.

Como Rio e Florianópolis, também capitais nordestinas visadas por turistas no verão preocupam, caso de Recife, com 87% dos leitos de UTI com pacientes internados, e Natal, com 92,9%. Ainda estão na lista Porto Alegre, Curitiba, Vitória e Campo Grande.

Diante da alta de internações, estados querem proibir festas de fim de ano e restringir funcionamento de bares e restaurantes.

Em Santa Catarina, a ocupação cresceu de 75,66%, no último levantamento, para 86,5%. Com exceção do extremo oeste, o estado todo está classificado na cor vermelha, que significa risco gravíssimo para a doença.

“Era um cenário esperado. A dinâmica da Covid-19 mostra que quando há aumento muito grande de casos, isso é acompanhado por aumento de casos que evoluem para a forma grave e severa da doença, que precisam de UTI. Isso a Covid-19 já tinha nos ensinado no mês de maio”, diz Fabrício Augusto Menegon, chefe do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

De acordo ele, a capacidade de resposta para disponibilizar novos leitos de UTI não é a mesma vista no pico anterior, em julho. Em nota, a Secretaria de Saúde de Florianópolis diz que "o número de infectados aumenta a probabilidade de casos graves, sendo maior a probabilidade de ocupação de leitos de UTI" e que é a capital com a menor letalidade do país para a doença.

No Rio, a fila de espera por leitos vem crescendo. Havia 252 pessoas aguardando por um leito de UTI na rede pública no estado nesta segunda, o dobro do registrado cerca de duas semanas atrás. A pior situação é na capital, onde 92% das vagas estão preenchidas e a demanda ultrapassa a capacidade do sistema.

A lotação reflete uma redução da oferta de leitos nos últimos meses. O único hospital de campanha que sobrou foi o da prefeitura, já que a gestão do governador afastado Wilson Witzel (PSC) fechou todas as suas unidades. Agora, com o novo colapso na saúde, foi anunciada a abertura de vagas.

Tanto o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) quanto o governador em exercício Cláudio Castro (PSC) indicaram que não vão restringir serviços e têm insistido no argumento de que a testagem em massa, a fiscalização de eventos e a abertura de leitos são medidas suficientes para conter a pandemia.

Nos hospitais gaúchos, a ocupação das UTIs alcançou 81,7%. A maior parte do estado está classificada em bandeira vermelha, que representa risco alto para Covid-19. Apenas uma região, de Taquara, está classificada como laranja, de risco médio.

Em Porto Alegre, a ocupação média chegou a 87,18%. No final de semana, a Guarda Municipal de Porto Alegre e a Brigada Militar, a PM gaúcha, dispersaram aglomerações em bairro como Cidade Baixa e Moinhos de Vento, conhecidos por seus bares.

No Paraná, a taxa de ocupação de leitos de UTI subiu de pouco mais de 55% para 87% em três semanas. A preocupação em torno da estrutura hospitalar, que, segundo o governo, está no limite, gerou novas regras para tentar conter o avanço da pandemia. Há toque de recolher das 23h às 5h e os servidores voltaram a trabalhar remotamente.

A situação mais preocupante continua em Curitiba, em que 94% das UTIs estão ocupadas. Nesta segunda-feira (7), restavam 17 vagas para adultos. Na sexta, a prefeitura baixou regras mais rígidas de circulação. O comércio, incluindo shoppings e supermercados, só pode funcionar para entregas.

Na região metropolitana de Curitiba, já há registros de falta de leitos. Pacientes estão sendo encaminhados para hospitais do interior, onde ainda há vagas.


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