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Vitória eleitoral de Caiado não garante a hegemonia política que outros grupos conseguiram nas últimas décadas

Baixa militância é desafio do DEM para ser protagonista em Goiás

07/04/2019, às 00:01 · Por Diene Batista

Ao ser eleito no primeiro turno com quase 60% dos votos, Ronaldo Caiado (DEM), atingiu, obviamente, ampla maioria em todos os seguimentos: gêneros, faixa etária e regiões do Estado. Sua vitória eleitoral, no entanto, não garante a hegemonia política que outros grupos conseguiram nas últimas décadas.

Passada a comoção em torno da eleição de Caiado, que foi capaz de representar a mudança que o eleitor queria, chega o momento de saber se a máquina terá força para fazer do democratas, que elegeu 10 prefeitos em 2016 e hoje só tem nove, um partido grande. Com apenas 7% dos filiados a partidos em Goiás leia aqui, o DEM é o partido de menor capilaridade desde 1982, quando Iris chegou ao poder após os biônicos Leonino Caiado, Irapuam Costa Júnior e Ary Valadão.

Esse período de 16 anos chegou ao fim quando Marconi Perillo (PSDB) venceu Iris Rezende (MDB) em 1998. A hegemonia emedebista garantia sempre pelo menos uma centena de prefeitos, 20 deputados estaduais e dois dígitos de federais nas eleições. Exceto alguns momentos de alta, como 2002 e 2006, o PSDB conviveu com oposição forte e fragmentação do poder partidário tanto no legislativo como nas eleições municipais com MDB forte e tendo que dividir com PP, PSD, PR e PTB importantes cidades.

Marconi tentou, mas não conseguiu reduzir o MDB a um partido nanico ou o agregar ao seu arco de alianças graças à força de lideranças no interior, que resistiram à ideia, e as vitórias de Iris em Goiânia (2004, 2008 e 2016) e Maguito Vilela em Aparecida (2008 e 2012). O partido se manteve coerente na oposição por 20 anos e, ironicamente, a crise de hoje que coloca sua força em risco é interna. 

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