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Goiânia, 29/03/24
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Em sua última gestão, Marconi Perillo colecionou recordes orçamentários negativos e um rombo de mais de R$ 1,5 bilhão na Conta Centralizadora

De volta a Goiás, Marconi critica dívidas que ele mesmo criou

21/10/2020, às 13:17 · Por Pedro Lopes

Ao fazer uma espécie de prestação de contas em seu discurso em evento de apoio ao candidato a prefeito de Goiânia Talles Barreto (PSDB), Marconi Perillo citou o pagamento dos juros da dívida do Estado junto à União. Chamando de dívida externa, Marconi tenta construir uma narrativa ficcional que não encontra respaldo político nem técnico. 

Decisões do STF já concederam o benefício a 14 Estados em meio à pandemia – não só a Goiás. O Supremo concedeu ao Estado o direito de suspender, por seis meses, o pagamento da dívida com a União para que os recursos fossem usados para conter a disseminação do coronavírus. Os recursos ajudaram o governador a investir em hospitais de campanha pelo interior e abrir novos leitos. Motivo da alta aprovação da população após salvar milhares de vidas.  

O ex-governador não explicou em seu discurso os motivos da irresponsabilidade fiscal que levou o Estado em situação quase falimentar após suas quatro gestões. O atual governador Ronaldo Caiado (DEM) recebeu um Estado com um dos piores indicadores fiscais do país à frente apenas do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Roraima à época. 

Em sua última gestão, Marconi Perillo colecionou recordes orçamentários negativos e um rombo de mais de R$ 1,5 bilhão na Conta Centralizadora, uma conta que ao final de 2016 reunia outras 130 contas de vários órgãos e fundos do Estado. O déficit acumulado deixado a seu sucessor foi superior a R$ 7 bilhões. 

A armadilha foi aos poucos desarmada com a renegociação do atual governo aos benefícios fiscais no Estado. A renúncia de receitas nos últimos 16 anos foi de mais de R$ 255 bilhões. Política esta simbolizada no perdão fiscal de quase R$ 1 bilhão, concedido à JBS em 2014, empresa dos irmãos Friboi, presos pela Polícia Federal por suspeita de corrupção.

A Celg-D, então maior estatal goiana, que em 2011 valia cerca de R$ 6,5 bilhões a preço de mercado, foi vendida por Marconi Perillo em 2016 por apenas R$ 800 milhões e acumulou um prejuízo para o Estado na ordem de aproximadamente R$ 10 bilhões, com acordo de isenção de ICMS concedido a empresa italiana.

Marconi Perillo Talles Barreto PSDB
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