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Washington Novaes trabalhou também no Jornal Diário da Manhã, onde veio para ser editor na década de 1980

Brasil se despede do jornalista Washington Novaes

25/08/2020, às 18:00 · Por Pedro Lopes

Aos 86 anos, o jornalista Washington Novaes morreu na noite de segunda-feira (24) após passar por uma cirurgia para a retirada de um tumor no intestino, num hospital de Aparecida de Goiânia. 

O tumor foi descoberto em março e o quadro dele se agravou devido à uma infecção decorrente da cirurgia e de um problema no fígado. Segundo a família, o corpo será velado e enterrado em sua terra natal, Vargem Grande do Sul (SP). 

Referência no jornalismo ambiental, Washington Luís Novaes nasceu em 3 de junho de 1934, em Vargem Grande do Sul, São Paulo. Foi editor dos programas Globo Repórter e do Jornal Nacional, sendo um dos primeiros jornalistas do país a se dedicar a questões ambientais e indígenas, tendo produzido documentários e lançado livros sobre os temas.

Recebeu diversos prêmios, como o Esso especial de Ecologia e Meio Ambiente (1992) e o Professor Azevedo Netto (2004).

Ele também escreveu o roteiro do filme Joana Angélica, lançado em 1979. Já em 1981, ele dirigiu o documentário “Amazonas, a pátria da água”, exibido pelo "Globo Repórter". O programa ganhou medalha de prata no Festival de Cinema e Televisão de Nova York, nos Estados Unidos, em 1982.

Ao longo da década de 1980, Washington viveu em completa imersão no universo dos povos indígenas do Xingu. A experiência gerou a série de não-ficção "Xingu, a Terra Mágica", além do diário "Xingu, uma Flecha no Coração". Em 2004, o jornalista foi o vencedor da categoria Meio Ambiente do Prêmio Unesco. Na ocasião, ele foi homenageado por seu trabalho de mais de 30 anos de intensa divulgação de ideias e alertas aos impactos da degradação ambiental.

Dez anos depois, Novaes foi promovido para a Classe Grã-Cruz na premiação da Ordem do Mérito Cultural, que prestigia segmentos como música, artes plásticas, audiovisual, literatura, culturas populares, entre outros. Washington também foi secretário de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia do Distrito Federal entre 1991 e 1992. Ele ainda foi presidente de honra do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental de Goiás (Fica), realizado na cidade de Goiás.

Washington Novaes trabalhou também no Jornal Diário da Manhã, onde veio para ser editor na década de 1980, tendo transformado a linha editorial na época o colocando como concorrente do Jornal O Popular.


Washigton Novaes
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