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Goiânia, 19/04/24
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Apesar da pandemia, o Goiás ficou com uma “gordura” para queimar graças à venda do atacante Michael, revelação do último Campeonato Brasileiro, para o Flamengo por 7,5 milhões de euros

Goiás E.C. é segundo colocado no ranking nacional Itaú de gestão esportiva

26/07/2020, às 11:10 · Por Eduardo Horacio

Depois do Flamengo, o Goiás E.C. é o melhor exemplo do Brasil de como ter uma boa gestão esportiva de acordo com o ranking anual Itaú BBA de gestão esportiva, publicado na edição de junho da revista Placar. Mesmo com uma parcela pequena do bolo dos direitos de transmissão, o time goiano é elogiado pelo ranking por não fazer loucuras financeiras e por investir bastante em estrutura. 

O clube aparece na segunda colocação do ranking com sete pontos, um a menos do que o líder Flamengo. A iniciativa de PLACAR criou uma nova métrica para aferir a qualidade do trabalho dos cartolas das principais equipes do país, a partir das análises dos balanços feita pelo economista César Grafietti. Apesar de ficar cinco anos na Série B na última década, o Goiás só apresentou números negativos no Índice Itaú BBA de gestão esportiva em três dos últimos dez anos: em 2010, quando foi rebaixado, e no ano seguinte, em que não conseguiu subir e pela última vez em 2013, logo após subir mais uma vez para a elite.

Grafietti explica na revista Placar que a “estrutura eficiente” e a gestão sem loucuras financeiras para montar suas equipes são as razões para que o clube seja um dos melhores do levantamento: “O Goiás vende bem seus jogadores e está sempre investindo em estrutura. Está terminando de construir seu estádio, um pouco menor, que deve mais renda do que o Serra Dourada. É um time com potencial de permanecer na Série A, mas que quando caiu não fez loucuras para voltar”, analisa.

Dois fatores são fundamentais para definir a nota de cada equipe. Nos índices da “margem EBITDA” (que mede quanto da receita sobra para investimentos e pagamentos de dívidas) e “margem EBITDA recorrente” (que mede quanto sobra para estes setores excluindo a venda de atletas), o Goiás teve bons desempenhos. “É um clube que consegue ter bons desempenhos mesmo sem ter que vender atletas. E ainda usa isso para investir na infraestrutura. Esse é o grande segredo. Saber o seu tamanho ajuda a limitar os gastos. Aqueles que acham que podem investir mais do que realmente podem para alçar voos maiores acabam se enrolando”, define Grafietti.

A tendência de crescimento deve continuar neste ano. Apesar da pandemia, o Goiás ficou com uma “gordura” para queimar graças à venda do atacante Michael, revelação do último Campeonato Brasileiro, para o Flamengo por 7,5 milhões de euros (cerca de 34,5 milhões de reais). Duas das três parcelas do acordo por 80% dos direitos econômicos do jogador estavam previstas para serem pagas ainda em 2020.


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