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Foto: Divulgação

Marconismo pode ressurgir com o próprio Marconi ou com um nome fiel a ele

Achar que marconismo morreu é ingenuidade de neófitos

19/03/2019, às 00:00 · Por Eduardo Horácio

O marconismo foi nocauteado nas urnas em 2018. Marconi Perillo (PSDB) teve vexaminosos 7,5% dos votos para o Senado e José Eliton (PSDB), candidato a governador, terminou com 14%. No entanto, bobagem imaginar que o marconismo esteja sepultado. A história está repleta de políticos que sofrem nocautes (como Marconi e seu grupo sofreram em 2018) e depois, ressurgem, em nova configuração ou até mesmo com leves variações da velha roupagem.

Submerso, Marconi deve estar preocupado sobretudo em não ser condenado em nenhuma das várias ações na qual já é réu (para não virar ficha suja) e mais ainda em não ser condenado em segunda instância de forma alguma (para não ser preso). Se escapar ileso das condenações, pode voltar já em 2022, seja como candidato a deputado federal ou até mesmo governador ou senador, a depender da popularidade de Caiado e do grau de ousadia dele, Marconi. A decisão do STF da semana passada, que transfere para a Justiça Eleitoral vários processos em que Marconi é réu, é um sopro de esperança para o tucano. 

Marconi é um animal político e também um ator político. E isso não é uma crítica, nem elogio, mas uma constatação de seu jeito camaleônico de fazer política. Se for preciso voltar em 2022 mais à esquerda, assim ele voltará. Se 2022 estiver ainda mais radicalizado à direita, ele não hesitará em fazer essa manobra. Marconi é um observador atento do eleitor, sabe ler pesquisas e não subestima nenhum adversário. 

Outra hipótese, de ressurgimento do marconismo, é o lançamento de uma candidatura fiel a Marconi que não carregue o ônus da rejeição do mesmo. Por exemplo, uma candidatura de Raquel Teixeira (PSDB) ou (mais improvável) a de Otávio Lage Filho (PSDB), dois nomes que sobreviveram ao desgaste do tucanato em Goiás. O marconismo pode acabar no próprio Marconi (e sua centralização), pode ressurgir com um novo Marconi ou mesmo ganhar vida com nomes como esses dois acima citados. Vai depender muito do poder de rearticulação dos marconistas e também da popularidade do governo de Ronaldo Caiado (DEM). 


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