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Goiânia, 20/04/24
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Foto: Divulgação

Vanderlan, Iris Rezende e Adriana Accorsi: eles poderão se encontrar novamente em 2020

Sucessão em Goiânia já lista pelo menos 6 pré-candidatos

19/03/2019, às 00:00 · Por Diene Batista

Com a avalanche que derreteu grupos políticos históricos na disputa eleitoral do ano passado, políticos novos e tradicionais já se movem na direção da próxima campanha: a sucessão municipal de 2020. Em Goiânia, pelo menos seis nomes já se apresentam para a cobiçada sucessão do prefeito Iris Rezende (MDB) - além do próprio Iris, que pode ou não ser candidato à reeleição. 

Entre os nomes cotados para disputar a prefeitura da Capital, estão o senador Vanderlan Cardoso (PP), os deputados federais Elias Vaz (PSB), Delegado Waldir Soares (PSL) e Francisco Júnior (PSD), além da deputada estadual Adriana Accorsi (PT) e a vereadora Cristina Lopes (PSDB). Esses nomes representam grupos importantes e apresentam-se com trunfos para levar adiante seus projetos eleitorais.

Vanderlan Cardoso tem mandato de oito anos para cumprir no Senado Federal. Pode se dar ao luxo de disputar a eleição em Goiânia e, em caso de novo insucesso, voltar normalmente à Brasília. Ele deve obter também forte apoio das igrejas evangélicas, o que já ocorreu em 2016 quando foi derrotado por Iris no segundo turno – o emedebista também tem penetração entre os evangélicos. Ainda pesa a favor do senador a excelente votação para o Senado (522 mil votos) na capital.  

Outro nome conhecido do eleitorado goianiense é o deputado federal Waldir Soares, derrotado em 2016 no primeiro turno. Apesar da dificuldade de obter apoios para cargo majoritário, Delegado Waldir deve ser o nome a obter apoio do presidente Jair Bolsonaro (PSL) na eleição municipal.

O deputado federal Francisco Júnior é mais um que disputou a sucessão em Goiânia em 2016 e deve voltar a lista de prefeitáveis em 2020. O parlamentar mantém forte ligação com a Igreja Católica e pode ser o representante da antiga base aliada, que  governou Goiás nos últimos 20 anos. Na eleição passada, Francisco foi preterido pelos governistas, situação que favoreceu o racha entre os aliados do ex-governador Marconi Perillo (PSDB) na disputa estadual.

Se os tucanos preferirem disputar a eleição com nome próprio, o que não ocorre em Goiânia desde o ano 2000, a vereadora Cristina Lopes é hoje o nome mais viável. Ela é uma das principais opositoras da gestão do prefeito Iris Rezende na Câmara Municipal.

A lista de deputados federais pré-candidatos encerra-se (ao menos, por enquanto) com Elias Vaz (PSB). Vereador em Goiânia por cinco mandatos, o pessebista conseguiu mandato para deputado federal na disputa passada. Opositor das gestões emedebistas, Elias navegou na rejeição de políticos tradicionais e colou sua imagem na do então vereador Jorge Kajuru (PSB), eleito senador. Kajuru fala em ser candidato a governador em 2022 e é o principal entusiasta da candidatura de Elias em Goiânia.

Muito fragilizado em Goiás nos últimos anos, o PT tem na deputada estadual delegada Adriana Accorsi o nome considerado natural para uma disputa em Goiânia. Com o desgaste da gestão de Paulo Garcia, a filha do ex-prefeito Darci Accorsi disputou praticamente sem chances a eleição municipal de 2016. Contudo, a petista foi reeleita deputada estadual com boa votação na capital e apresenta-se novamente para a próxima disputa.

Além desses nomes listados, é muito provável que surjam outros nos próximos meses. Tanto candidatos que devem representar partidos de esquerda, principalmente Psol e PCB, e também nomes avulsos por partidos que despontaram ou se fortaleceram nas últimas eleições, com o Podemos, Pros, entre outros. 


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