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Goiânia, 23/04/24
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O deputado goiano líder do PSL na Câmara dos Deputados, Delegado Waldir, afirmou em reunião interna da ala ligada ao presidente do partido, Luciano Bivar (PE), que vai "implodir" o presidente Jair Bolsonaro

Delegado Waldir fala em ‘implodir Bolsonaro’, volta atrás e ainda diz que é ‘que nem mulher traída’

18/10/2019, às 00:20 · Por Eduardo Horacio

Depois de ameaçar em áudio divulgado “implodir o presidente Jair Bolsonaro”, o líder do PSL na Câmara, deputado Delegado Waldir (PSL-GO), afirmou no fim da noite desta quinta-feira, 17, não ter "nada" para usar contra o presidente Jair Bolsonaro e falou em “pacificar” o partido.

Na gravação, já famosa, de quase 10 minutos, Waldir diz que Bolsonaro “foi gravado várias vezes. Eu implodo ele” e vai além: “é tão incauto que fica fazendo essas interrupções, mas tá gravada a conversa dele. E aí eu vou fazer o seguinte, Luiz, eu vou implodir o presidente. E aí eu mostro a gravação dele. Eu tenho a gravação. Não tem conversa, não tem conversa. Eu implodo o presidente. Acabou, acabou, cara. Eu sou o cara mais fiel a esse vagabundo. Eu votei nessa porra, eu andei no sol de 246 cidades, no sol, gritando o nome desse vagabundo”. Quando fala de 246 cidades, Waldir está se referindo ao número total de municípios de Goiás, onde fez campanha para deputado federal.

Um trecho do áudio de Waldir, interrompido, é enigmático. “Aí nós escolhemos o Rodrigo (…) que? … Em janeiro eu saio (da liderança do PSL). Agora, se ele insistir com isso eu vou implodir.” Mais de 10 horas depois de divulgado o áudio de quase 10 minutos, Waldir reavaliou sua relação com Bolsonaro.

Segundo Waldir, a declaração, dada em meio à crise que atinge o PSL, foi feita em um "momento de emoção". Perguntado sobre o que ele teria para implodir Bolsonaro, Waldir disse “nada. É só questão de... É uma fala de emoção, né? Um momento de sentimento. É uma fala quando você percebe a ingratidão. Tenho que buscar as palavras. Tenho que buscar as palavras”.

Delegado Waldir ainda fez uma analogia péssima, em todos os sentidos: “Nós somos Bolsonaro. Nós somos que nem mulher traída. Apanha, não é? Mas mesmo assim ela volta ao aconchego”. O deputado ainda afirmou ser possível “pacificar” a bancada do PSL. 


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